É inegável que durante o governo do PT houve bastante avanço nas leis trabalhistas, mas infelizmente o grande problema é que o brasileiro tem memória curta e esquece suas origens e suas conquistas. Estamos perdendo tudo o que conquistamos e o pior de tudo, sem dar conta do que está acontecendo, os governastes devem governar para o povo, pelo povo e com o povo, mas sempre quem perde e paga é o povo.
Basicamente quem governa tem o dever de proteger seus governados, mas os últimos acontecimentos mostra o partido do governo comprometido e enterrado na corrupção, e olha que não é fácil em um país como o nosso, conseguir provas e colocar na cadeia tanta gente como estão presos da alta cúpula governista, que moral tem agora o governo para barrar o desmanche, diante de tanto poder, o raciocino falhou, o caminho desviou e o povo sofre. O PT foi com muita sede ao poder e se envenenou, deixando um marco triste para os trabalhadores que podem perder muitos benefícios que conquistaram, os trabalhadores sentem-se órfãos seus articuladores petistas perderam a credibilidade para defenderem os trabalhadores, podendo até ter o partido extinto e seus principais dirigentes presos.
Está sendo um prato cheio para a oposição desqualificar o partido que desviou de suas funções causando grande males ao povo brasileiro. Na votação do projeto de terceirização, vimos um PT sem voz, fraco acuado e sem apoio de sua base.
Já o deputado federal baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB) fez uma comparação no mínimo arrojada para rebater as críticas feitas pelo PT e aliados à aprovação do projeto de lei que regulamenta as terceirizações para todos os setores. “O PT e o governo dizem que a terceirização é nociva, mas fabricaram o maior programa de terceirização do mundo: o Mais Médicos”, disse o parlamentar, de acordo com a Folha de S. Paulo.
A terceirização não gera emprego, mas sim a produção e realização de serviços demandados por grandes empresas. A empresa terceirizada gera mesmo é trabalho precário, com jornadas maiores e ritmo de trabalho exaustivo. A regulamentação da terceirização não observa a ótica da igualdade de direitos, o que realmente querem é impulsionar o aumento dos lucros. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirma isso: 91% das empresas que terceirizam parte de seus processos têm como principal motivação a “redução de custo”; apenas 2%, a “especialização técnica”. Esse quadro ocorre quando trabalhadores perdem direitos, têm menor remuneração e menos condições de saúde e segurança dos trabalhadores.
Segundo Ruy Braga, especialista em Sociologia do Trabalho a terceirização degrada as condições de trabalho e com a aprovação do PL 4330, 15 milhões de brasileiros estarão ganhando 30% menos até 2020. O professor da USP se baseia no quadro atual da terceirização e em estatísticas dos últimos anos para demonstrar que o projeto de lei irá promover um desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), além de precarizar as condições trabalhistas e reduzir a arrecadação da União.
Se o PL for aprovado, com suas características principais, haverá uma inversão estrutural do mercado de trabalho brasileiro, na qual a maior parte dos trabalhadores serão terceirizados e, a menor parte, contratada diretamente. Entre 2003 e 2014, o número de trabalhadores terceirizados cresceu de 4 milhões para 12,7 milhões. Ao longo desse período, foram criados cerca de 20,5 milhões de empregos com carteira de trabalho assinada. Se a gente desconta esses 8,7 milhões, tem algo em torno de 12 milhões de postos de trabalho de contratação direta criados. Destes, 11,3 milhões pagam até 1,5 salário mínimo. O trabalho terceirizado paga 27% menos, de acordo com dados do Dieese. Consequentemente, haverá impacto no consumo.
O espírito do projeto é de proporcionar às empresas um ganho adicional de lucro, que é exatamente o avanço sobre os direitos trabalhistas. Que os políticos brasileiros reencontre o caminho e pense mais no povo brasileiro, principalmente os trabalhadores de baixa renda.
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