Amanhã, 25 de novembro de 2011 será lançado o livro “Manual de Controle e Auditoria”. O evento será às 20 horas na Academia Manhuaçuense de Letras em sessão solene, a realizar-se no Salão Nobre da Casa de Cultura “Ilza Campos Sad”, em Manhuaçu, Minas Gerais. Endereço: Avenida Salime Nacif, nº 469
Alem do lançamento do livro haverá apresentação da biografia do Patrono da Cadeira nº 39 da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Alcino de Paula Salazar
Entrevista com o autor Daniel Gerhard Batista
Jornal das Montanhas – Quais as livrarias onde o leitor encontrará o livro?
Daniel – O livro a partir de amanhã estará em todas as livrarias Saraivas do Brasil. no site (http://www.saraivauni.com.br), Manual de Controle e Auditoria – Com Ênfase Na Gestão de Recursos Públicos Autor: Gerhard Batista, Daniel Categoria: Contabilidade / Auditoria
JM – O que levou você a escrever este livro?
Daniel – Este livro surgiu da necessidade de ordenar e de transmitir o conhecimento adquirido no desenvolvimento de diversos levantamentos, diagnósticos e auditorias na área pública e privada, procurando integrar e consolidar métodos empregados em situações reais, alinhados com o conhecimento e com as práticas adotadas pelos órgãos fiscalizadores. Esta obra traz conceitos de auditoria e retrata a sua aplicação prática nas entidades privadas e em administrações públicas federais, estaduais e municipais, assim como relaciona a sua importância para o Controle Interno. O leitor deve lembrar que para tratar de auditoria é preciso relacionar o tema com a Controladoria, por abranger todas as atividades de Controle Interno. Este livro transmite o conceito praticado pela doutrina existente e pela prática usual, buscando ser objetivo nos estudos sobre a auditoria, de forma a facilitar a aquisição do conhecimento e a proporcionar ao leitor um estudo útil e prazeroso.
Meus estudos compartilhados com os alunos da graduação e da pós-graduação agregaram, juntamente com nossa experiência, conhecimentos para a formação deste livro. Com isso, confirma-se a assertiva de que o professor também aprende com o aluno. Este material, que não é exaustivo, procura contribuir, de forma didática, para o aprendizado dos estudiosos de contabilidade, contadores, advogados, controladores e auditores sobre a definição, a execução e os resultados esperados de uma auditoria ou em uma simples conferência. Para o sucesso desta obra e de nossos estudos, é imprescindível a interlocução entre o autor e os seus leitores. Dessa forma, disponibilizo o e-mail [email protected] e [email protected] para quaisquer esclarecimentos, dúvidas, críticas, sugestões ou comentários. Também poderá ser acessado o site www.realcon.com.br para a obtenção de notícias e de legislações atualizadas, que também estarão disponíveis para download.
JM – Quando iniciou seus trabalhos em auditoria e quanto tempo levou para produzir o livro?
Daniel – Em meados de 2001 iniciei meus trabalhos em auditoria pública e privada. Desde então me deparei com situações típicas e atípicas na rotina operacional das instituições. Cada uma dessas situações me fez buscar conhecimentos já formatados em livros e outras tivemos que construir expertise para atingir o que chamamos nessa obra de objetivo da auditoria. Assim desde 2001 vinha compilando o conhecimento, mas somente em 2010 iniciamos esse projeto que se consolida agora com esta obra.
JM – Qual a sua maior expectativa para o lançamento?
Daniel – Esperamos que todos os convidados e profissionais consigam vislumbrar o que este livro representa para os setores de contabilidade, controle, auditoria, perícia e controladoria das instituições. Nele damos métodos utilizados e comprovados que são de fácil implementação e correções. Esperamos que nossos leitores possam realmente ter na mão um instrumento diário de consulta para seu dia a dia em todas as funções administrativas, financeiras e contábeis tanto de empresas públicas, como para empresas privadas.
JM – Como você avalia as oportunidades no mercado de trabalho para auditor?
Daniel – As oportunidades são grandes, porém vejo dois entraves: 1- é a falta de qualificação dos profissionais contadores que se dizem auditores. Auditor não é aquele que apenas se intitula, ele deve agir como tal, deve gostar de estudar muito, ser flexível, ter humildade, em meu livro, no item 1.6, do capítulo 1 relacionamos as habilidades que entendo ser pertinente a um auditor; 2- Empresários e gestores. Esses homens de negócios que são a razão da existência de muitas profissões são nossas também, e muitas das vezes eles não sabem o que pedir. Não sabem falar qual é sua necessidade principal e acabam comprando “gato por lebre”. Pensando nisso, em meu livro no capitulo 2, item 2.2 relatamos o que é o objeto e o objetivo da auditoria para que realmente o contratante consiga expressar o que ele realmente deseja investindo seus recursos e tendo sua resposta correta.
JM – A auditoria como medida preventiva é a melhor opção para se evitar crises?
Daniel – Sim, mas não há única. Prever é anteceder um problema e não deixar que ele aconteça. Se preventivamente analisamos documentos e sugerimos mudanças para eliminar falhas, erros, desvio ou mesmo fraudes, mas se nossas sugestões são negligenciadas de nada adianta agir de maneira preventiva. O auditor não faz nada sozinho. Ele precisa do apoio e cooperação de toda a instituição para que o serviço seja bem feito e os resultados efetivamente apareçam. Cada um tem de fazer seu papel que deve ser definido no ato do planejamento da auditoria. Por fim, vale lembrar que dependendo do caso, o gestor imagina que quer uma auditoria preventiva, mas na verdade ele está precisando mesmo é de uma auditoria mais pontual, que em nosso livro são denominadas auditorias de Gestão, auditoria Corretiva ou auditoria Punitiva. Nesse caso cabe ao profissional auditor definir este escopo para depois executar seu trabalho.
JM – A auditoria já é uma prática recorrente em grandes corporações, você acha que ela também é válida em pequenas empresas?
Daniel – Não tenho dúvida disso. Há alguns anos atrás as grandes empresas adotavam a auditoria para cumprimento legal. Hoje elas já utilizam a auditoria como fonte de controle e correção diária das normas e procedimentos da empresa. Nesse perfil, as pequenas empresas estão indo para o mesmo caminho. Auditar deixou de ter a impressão negativa de que “há algo errado e queremos apenas saber o responsável” para ser mais um instrumento de gestão para auxiliar o dia a dia das instituições públicas e privadas.
JM – Quais são os custos gerados para a empresa ao se fazer uma auditoria? Como se mensura o retorno?
Daniel – Como toda prestação de serviço, os custos serão mensurados de acordo com o volume de dados, informações e papeis que serão necessário analisar. Além dessas variáveis temos também a questão prazo de entrega (curto ou normal), tipo de auditoria (interna ou externa), além de preventiva, operacional, corretiva ou punitiva. A mensuração do retorno se dará a partir do momento que se definir com clareza o objetivo principal da auditoria e o auditor (por meio de seus serviços e relatórios) conseguir atingir este objetivo.