Flamengo, Gugu e o Brasil

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Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Fim de semana interessante para uma análise político-sociológica no Brasil. A mídia tradicional concentrou foco em dois assuntos: as épicas conquistas do Flamengo (Campeão da Libertadores da América, e vencedor, com cinco rodadas de antecedência do Campeonato Brasileiro 2019) e a morte súbita do consagrado apresentador de televisão Augusto Liberato – o Gugu, vítima fatal de um acidente caseiro, em Orlando (EUA). Chato é ver os oportunistas surfando na onda da vitória ou na maré da morte… Mas isto faz parte do roteiro.

Triunfo esportivo e fim da vida – dois assuntos que mexem com a emoção das massas populares. O Flamengo concentra a maior torcida do País do Futebol. Quando vence, mobiliza uma “grande Nação Rubro-Negra”. A alegria anima as pessoas e alimenta esperança de dias melhores. Gugu Liberato era um dos mais consagrados nomes da televisão brasileira. Empresário bem sucedido, tinha 60 anos de idade. Seu fim trágico de vida, logicamente, gerou tristeza e grande comoção. Porém, confirmou a fragilidade do ser humano, lembrando que os vitoriosos, bem sucedidos e famosos também são finitos. Aliás, a glória é transitória – princípio que vale para vencedores e derrotados.

Farta de derrotas sucessivas, nos campos esportivo, político e econômico, a massa aproveitou as conquistas do Flamengo para fazer uma catarse. O indivíduo massificado sente necessidade de se projetar nos grandes triunfos para compensar tantas perdas – materiais e emocionais. A perda súbita de uma personalidade pública querida – como era o caso de Gugu – também desperta na massa um sentimento de dor e solidariedade, para compensar uma vida real e social dominada pelo egoísmo e pelo pragmatismo cínico. A doação dos órgãos de Gugu deve beneficiar mais de 50 pessoas… O artista ganha imortalidade… A vida continua…

A vida é perde e ganha até a morte. Não tem outro jeito. Por isso, a frágil cabeça do ser humano (Gugu morreu porque caiu do forro da casa bateu a cabeça em um móvel), os sucessos tendem a superar as derrotas. A regra vale para a dimensão individual ou para a vida pública. A coisa é dialética e contraditória. Temos um Presidente Jair Bolsonaro que ainda vive o sabor do poder, com perspectiva e esperança de sucesso no governo do Brasil. E temos um ex-Presidente Lula, outrora símbolo de esperança, porém, agora, condenado por corrupção, se comporta como um morto-vivo da politicagem tupiniquim.

A vitória do Flamengo traz lições importantes. O clube organizou sua gestão e finanças. Contratou os jogadores certos, formando um elenco competitivo. Arriscou a importação de um famoso técnico português que, no começo, foi visto com reservas. Jorge Jesus, no entanto, mostrou competência, trabalho disciplinado e redescobriu a face ofensiva e criativa que já foi marca do futebol brasileiro. O lusitano virou “Mister” e caiu na graça da massa, mesmo antes de ganhar alguma coisa. Agora, com dois campeonatos em dois dias, transforma-se em herói. “Obrigado, Jesus” virou uma agradável, sincera e positiva ironia com o legítimo Filho do Pai (o verdadeiro, único e inigualável Mestre Jesus).

A impressionante reunião de flamenguistas, domingo, tomando a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro, foi a manifestação natural de uma população cansada de tantas derrotas e sedenta por outras vitórias importantes no campo político, econômico e social. A Nação Rubro-Negra deseja novas conquistas, na competência ou na sorte… As outras “nações” – não só as esportivas – desejam o mesmo… O Brasil tem de melhorar, de verdade, gerando empregos, renda distribuída de maneira mais eqüitativa, consumo, crescimento e desenvolvimento. Enfim, o povo brasileiro anseia por vitórias concretas – muito além das obtidas no Mundo da Bola.   

O Mengão de Jesus já se prepara para 2020. O clube negocia um mega patrocinador principal, no lugar do banco BS2. Os cotados são a Sansung ou a Emirates. Na segunda hipótese, pode materializar a vinda do polêmico craque Neymar Jr. A chance é gigantesca porque o jovem Renier já estaria vendido para o francês PSG. Nos cinco jogos até o final do Brasileirão, Jesus deve testar uma formação ainda mais ofensiva do Flamengo, aproveitando que fica mais aliviado o compromisso com resultados positivos.

O exemplo do Flamengo de Jesus também é interessante para o brasileiro que trabalha e sonha por dias melhores. Jesus usou os conceitos corretos, liderando um time que tem a missão de lutar até o fim pela vitória, mesmo que ela pareça impossível. O resultado obtido em três minutos, no final do jogão contra o River Plate que vencia a partida, foi apenas a confirmação de que vale a pena manter o foco no resultado positivo. A lição vale para todos os brasileiros e brasileiras.

A Nação Rubro-Negra curte a vitória – glória transitória. A Nação Brasileira necessita de um resultado igual ou melhor. Por isso, o Governo de Transição de Jair Bolsonaro não tem o direito de errar. Tem de acertar, superando a oposição canalha da esquerdalha, da mídia e, principalmente, do Crime Institucionalizado. Vamos torcer e trabalhar pelas reformas estruturantes para que ocorram as mudanças estruturais.

Resumindo: Vamos torcer e trabalhar… Temos de atacar, defender, fazer gol e não recuar. O jogo é jogado… Que Jesus nos ajude a vencer os canalhas do crime e do comunismo…

Não é fácil… Domingo, o Rio fez festa para o Mengão. Nesta segunda, já amanhece em guerra na Cidade de Deus… Tráfico x Polícia, com moradores no meio… Haja trabalho para Jesus…

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