Morador de Manhuaçu demonstra sua paixão pela seleção brasileira

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Sr-Zezinho-manhuacuO Sr José Ribeiro, carinhosamente conhecido por Sr. Zezinho, desde sua juventude exerce a profissão de alfaiate, a reportagem do Jornal das Montanhas foi conferir um pouco da história de vida e da paixão pelo futebol e em especial, pela seleção brasileira, da primeira copa do mundo que assistiu e da iniciativa de enfeitar a rua onde mora há 72 anos. “A primeira copa que assisti foi a de 1970, daí para cá procuro não perder um jogo, mas devido a profissão não dá para acompanhar todos os jogos da copa, mas da seleção não perco e alguns outros mais importantes procuro ver. De 1982 para cá que tenho acompanhado mais os jogos. Disse

O Sr Zezinho é muito querido na rua em que mora, sempre gostou de esporte, jogou futebol, apitou também e desde a copa de 1982 passou a enfeitar a rua “nós resolvemos com ajuda dos vizinhos passar a enfeitar a rua, e quando vai se aproximando o mundial da Copa do Mundo, somos cobrados pelos vizinhos se vamos enfeitar a rua. Esta iniciativa é uma motivação que traz para o povo que além de ser bonito, alegra, é muito bom ver uma rua enfeitada. No decorrer dos anos as pessoas vão incentivando as outras ruas, pessoas que vieram aqui viram e levaram para outros lugares, procuramos enfeitar com bastante antecedência”. Argumentou

Segundo o Sr Zezinho ele começou a jogar futebol aos 13 anos de idade, e na época Manhuaçu, possuía 13 times de futebol e hoje, não tem praticamente nenhum, só os times de futebol de bairros. Ele atuou no futebol amador, foi jogador do Vasco, (Vasquinho) de 1955 a 1958.

O futebol de hoje

D e acordo com o Sr. Zezinho, a paixão pela seleção vem mudando. A mídia faz as pessoas ficarem mais bem informadas, ele não acredita que exista a mesma paixão que existia antes, hoje com o avanço tecnológico as pessoas aprendem a gostar, “hoje a gente vê, antigamente a gente só ouvia pelo rádio, na minha idade com 78 anos, já vi muitas seleções jogarem, mas o futebol de hoje é diferente do futebol antigo, eu vejo mídia, eles divulgam uma coisa, outra, mas se repararmos dirigentes, repórteres são todos novos, veja o caso do Pelé, Tostão em 1970, não tem nada a ver com o futebol de hoje, preparo físico hoje é outro, então cada um tem que conviver de acordo com sua época, temos que aceitar, viver o hoje porque amanhã será diferente, mas está bom, o povo precisa de alegria, uma ilusão para viver, ninguém vive sem ilusão. Comentou

Segundo Sr Zezinho, hoje tem muitos jogadores, bons jogadores, no Brasil se destaca, Neymar Júnior, na Argentina Lionel Messi e Cristiano Ronaldo de Portugal, mas que não se compara ao melhor jogador do mundo , que em sua opinião é o Rei Pelé, ele explicou que a TV hoje divulga muito, cria um astro de um dia para outro, antes isso não era possível. Hoje esses jogadores jogam futebol, uns melhores, outros nem tanto, porque sempre irá haver uns melhores que outros, porque ninguém vive sozinho ou joga sozinho, igual a Pelé que é um dos melhores jogadores que eu já vi jogar e dificilmente irá aparecer outro, mas sem ajuda dos seus colegas não conseguiria nada. “Eu conheci o Mané Garrincha pessoalmente, servi o exército no Rio de janeiro na 13ª Cia em São Cristóvão e sempre estava no Maracanã assistindo aos jogos. Manhuaçu tem 137 anos e muitas histórias que ainda não foram contadas, aqui já vieram muitos famosos de todos os níveis e culturas, o Garrincha esteve em Manhuaçu juntamente com outros jogadores do Rio e neste jogo, eu atuei como bandeirinha”. Explica Sr Zezinho

O filho Ronald quer manter a tradição

Ronald Ribeiro, Roninho, filho do Sr. Zezinho, vem continuando a missão de seu pai, com a mesmo entusiasmo. Ele que também possui uma paixão bastante especial pelo exporte. “Desde 82, que foi quando iniciamos enfeitar a rua, eu sempre ao lado do meu pai, hoje que ele não está em condições eu venho dando continuidade. Papai está sempre ajudando, mas algumas coisas ele já não consegue fazer então eu assumi e com a ajuda dos moradores temos conseguido dar continuidade. Pontuou

Roninho também é um apaixonado pelo futebol desde pequeno que ele gosta de jogar futebol, sempre acompanhando seu pai aprendeu a gostar do esporte. “Eu procurei espelhar em meu pai, é gratificante realizar este trabalho, o pessoal, aqui da rua gosta, apesar de que alguns que gostavam de nos ajudar mudaram e hoje é um pouco difícil, por causa da rotina de trabalho das pessoas, o que nos favorece é o fato da rua ser estreita, assim fica mais fácil, aproveitamos para enfeitar a tarde depois que o pessoal chega do trabalho”. Conta

Segundo Roninho ele foi um dos fundadores do Ipiranga e jogador do time, tendo jogado em BH e São Paulo, depois que o Ipiranga acabou ele procurou trabalhar em outra área e lamenta que hoje já não exista o mesmo patriotismo, “crianças vestindo camisa dos times adversários do Brasil, as escolas que entoavam o Hino Nacional, raramente fazem isto. Na minha época toda semana na minha escola cantávamos o Hino Nacional, hoje se cantar é uma vez por mês, então isso ai vai tirando das crianças aquele amor à Pátria”. Finaliza

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