Rio de Janeiro – Famílias que moram em áreas de risco no Rio de Janeiro fizeram um protesto hoje (30), em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova, contra a remoção de moradores de favelas. A maioria dos manifestantes vive em regiões afetadas pelo temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro no mês passado e que acabou provocando a morte de 256 pessoas.
Líderes de movimentos sociais se revezaram ao microfone, enquanto faixas contra as remoções foram estendidas. Uma carta aberta com as reivindicações das comunidades foi distribuída, mas a comissão organizada pela Pastoral das Favelas para dialogar com as autoridades municipais não foi recebida pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), sob a alegação que ele estava fora, participando de outro evento.
“Nós estamos abrindo nossos espaços. No ato temos gente de vários segmentos da sociedade e movimentos sociais que, juntos, podem contribuir para a transformação dessa sociedade que privilegia os ricos e pune os mais pobres. A igreja tem sido um canal de mediação, criamos um conselho popular juntando essas entidades para defender o direito à moradia”, disse o padre Luiz Antônio Pereira, coordenador da Pastoral das Favelas.
A Secretaria Municipal de Habitação informou, por meio da assessoria, que os moradores têm o direito de se manifestar e que não foi procurada pelos participantes do protesto.
Na próxima terça-feira, 4 de maio, haverá uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro para discutir a questão urbana “do ponto de vista do direito à cidade para aqueles que não têm seus direitos assegurados”, informou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), que participou do protesto.
fonte: Agência Brasil.