Natal, Natal das Crianças, Natal do Menino Jesus

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Novamente é Nata! Ele é comemorado todo ano e é sempre novo. Os finais de ano são quase todos iguais, a correria de sempre, milhares de pessoas apressadas nas compras, umas querendo terminar seus projetos que começara durante o ano, outras preocupadas com o que vão preparar para a noite de Natal.

Eu sinceramente penso bastante, principalmente naquela música tradicional que diz que seja rico, seja pobre o velhinho sempre vem. Será? Pergunte para as crianças que nunca receberam um presente, fale de Papai Noel para essa criança. Nas pequenas comunidades as crianças sofrem mais, elas convivem bem de perto com as crianças que desde bem pequeninas foram ensinadas a sonhar e a colocar seu sapatinho na janela do quintal, para elas o Papai Noel sempre vem. Conheci o sofrimento de centenas de crianças no dia de Natal.

Um dia sai de uma festa farta e fui para o meio das crianças que não tinham ganhado nada, sem poder ajudá-las com presentes naquele momento, ajudava com as minhas palavras procurando encorajá-las contando algumas histórias de meninos que venceram a pobreza e puderam fazer a felicidade de muitas outras. Não há nada mais gratificante neste mundo do que sentir na pele a dor do seu semelhante, às vezes basta agente atravessar a rua para ver quantas outras crianças sofrem olhando as outras felizes carregando seus brinquedos: meninas desfilando com lindas bonecas e dizendo para suas coleguinhas que foi Papai Noel que trouxe, meninos com carrinhos elétricos que rodam sozinhos, aviões e helicóptero voando com controle remoto. Sou daqueles que pensa mais no coletivo, a felicidade para mim só é completa quando posso dividi-la com minha família e com meus amigos.

Tenho muitas histórias de Natal, mas uma me fez entender o verdadeiro sentido do Natal: morava no Rio de janeiro no Bairro Realengo e querendo ganhar um dinheirinho extra, fui para São Paulo, comprei bastante brinquedos para vender para meus amigos do quartel do 21º B. Log. Passei uns vinte dias vendendo e quando chegou o dia 25 havia sobrado uns 40 brinquedos. É bom salientar que nesta época (1976) não existia os importados chineses, todos eram de boa qualidade. Pela manhã às 09 horas tive uma intuição, que acredito ter sido de Deus, para doar aqueles brinquedos.

Coloquei todos os brinquedos em um saco e sai sem saber para onde, só sabia que iria doar para alguém, tomei um ônibus de Realengo para Bangu, na Av. Santa Cruz, dei sinal e desci, andei um pouco para frente olhei para frente e para trás, quando olhei para o outro lado da rua, avistei um orfanato, na hora entendi que era ali, toquei a campainha e disse para a recepcionista que gostaria de doar uns brinquedos, ela foi chamar o diretor e logo fui atendido por ele, falei de minha intenção, ele pegou um livro e registrou cada brinquedo. Logo que terminou, voltou a conferir os brinquedos e me disse: “Tenho aqui 150 crianças, são pouco mais de 10 horas e agora posso reunir as crianças e distribuir os brinquedos, você trouxe aqui exatamente os brinquedos que faltavam. Deus é maravilhoso, muito obrigado e Deus te abençoe”. Disse o diretor. Sempre há tempo para refletirmos sobre as nossas ações sociais e o nosso amor ao próximo, e nada melhor que o Natal e Ano Novo para fazermos um exame introspectivo de tudo que fizemos.

Todas as ações são como sementes plantadas em terras férteis servindo para educar, dar exemplos de cidadania. Devemos aprender a fazer uma avaliação pessoal (que tal meditar nessa famosa melodia de Natal: Sapatinho de Natal – Deixei meu sapatinho, na janela do quintal. Papai Noel deixou, meu presente de natal! Como é que Papai Noel, não se esquece de ninguém. Seja rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem. Seja rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem…

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