Nós
Andamos devagar, porém sozinhos
Pela estrada da vida a caminhar,
Se encontramos, no entanto, só espinhos
Não deixaremos de ir sempre a cantar.
Estou contente, pois tu és o guia,
Que com firmeza os passos meus conduz,
Se o futuro o permite eu queria
Viver sempre por sob a tua luz.
Não me deixes, porém, abandonada,
Pois se um dia faltar-me o teu amor,
Terei a vida sempre angustiada
Sem conseguir por fim a minha dor.
“Sendo, porém, tua felicidade
Que te faz meu querido assim agir,
Prefiro viver sempre da saudade
E da alegria de te ver sorrir!”
DESPEDIDA
Foi triste para mim a despedida
Foi triste, foi cruel e dolorosa.
Seria sempre fonte lacrimosa.
Ao me dares, porém, o teu adeus
Não pudeste bem sei compreender
O que viste brilhar nos olhos meus
O sofrimento atroz por te perder.
E não vistes que quando te afastavas
Pouco depois de haver te feito crer
Que pouco para mim representavas,
Sem conseguir então mais me conter,
Sem conseguir o pranto sufocar
Comecei a chorar e a soluçar
Clícia Siqueira Labrunie