Número de mortos chega a 223 em Teresópolis

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O número de mortes não para de subir no município de Teresópolis e chegava a 223 na última totalização, ontem(13) à noite. Os desabrigados são 1.200 e os desalojados, 1.300.

O número de mortos, no entanto, deve subir ainda mais ao longo do dia, na medida em que as estradas forem desobstruídas, dando acesso às equipes de resgate. Em determinadas regiões dos bairros da Posse, do Caleme e de Campo Grande só é possível chegar com o uso de helicópteros, o que torna as operações mais demoradas, pois a capacidade de transporte das aeronaves é reduzida.

O diretor de Polícia Especializada, Ronaldo Oliveira, está coordenando pessoalmente o trabalho de busca e resgate aéreo na região. A base operacional é na Granja Comari, local de treino da Seleção Brasileira, de onde partem as duas aeronaves da Polícia Civil usadas nas missões.

Oliveira explicou que o objetivo é levar até cinco bombeiros de cada vez a locais afastados e isolados onde possa haver sobreviventes. O grupo é deixado em terra e passa a vasculhar o lugar. “Quando é encontrada uma vítima com vida, ela pode tanto ser içada por um puçá [rede] ou mesmo ser colocada dentro do helicóptero, que se aproxima ao máximo do solo”, acrescentou.

Quando chegam em terra, os sobreviventes recebem a atenção de equipes médicas coordenadas pela secretária municipal de Saúde, Solange Cirico. Por conta do uso contínuo de materiais médicos, está sendo solicitada a doação de seringas, agulhas, luvas, álcool, gaze e ataduras tipo crepom. Também são necessárias vacinas antitetânica e contra a hepatite A, além de colchonetes para acomodar o grande número de doentes, que chegam com cortes profundos, hematomas e ossos quebrados.

A Secretaria de Saúde divulgou comunicado alertando a população para se prevenir de doenças típicas de épocas de enchentes, como hepatite, leptospirose e diarréia, provocada pela ingestão de água contaminada. Outro alerta é sobre o aumento da incidência de picadas por animais venenosos como aranhas, escorpiões e cobras, que têm suas tocas invadidas pela água e buscam se abrigar próximos às residências.

Agencia Brasil

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