Bolivianos reagem aos reajustes de combustíveis e protestam nas principais cidades do país

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As principais cidades da Bolívia enfrentaram ontem (30) protestos e paralisações no sistema de transporte público, depois de o governo ter anunciado aumento que pode chegar a 83% no preço dos combustíveis. Na cidades de El Alto e Cochabamba caminhões bloquearam o trânsito nas vias que dão acesso às cidades.Pela medida divulgada no domingo (26), o presidente da Bolívia, Evo Morales, informou que o reajuste de 72% para a gasolina e de 83% para o diesel. O anúncio gerou rumores de que haveria confisco de poupanças, provocando corrida aos bancos do país.

Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), o Banco Central divulgou um comunicado dizendo que supostas medidas de desvalorização da moeda nacional e congelamento dos depósitos bancários são “rumores infundados”.

Na nota, o banco afirma que a situação financeira do país é estável e que a autoridade monetária possui níveis “históricos” de reservas internacionais, com US$ 9,8 bilhões. Depois do anúncio, Morales afirmou que em 2011 aumentará em 20% o valor do salário mínimo, assim como o valor dos benefícios para crianças e idosos de famílias carentes.

“Vamos melhorar, gradativamente, o benefício ‘Juancito Pinto’ para as crianças em idade escolar e também a renda para os idosos”, disse Morales. Em discurso exibido em rede nacional, Morales disse ainda que “não existe nada disso de corralito” no país, em referência ao congelamento ou confisco das contas bancárias.

Ontem moradores de El Alto apedrejaram o edifício onde funciona o governo local – o prefeito Edgar Patana é do mesmo partido que Evo Morales, o MAS (Movimento ao Socialismo). O protesto foi mostrado pelas emissoras de televisão locais.

O ministro de governo, Sacha Llorenti, disse que os protestos são “um direito, mas o bloqueio de estradas é uma provocação de pequenos grupos” de bolivianos.

Agência Brasil

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