Egito deve ter transição moderada em processo livre e justo, diz Obama

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu ontem (1º) que comece logo uma “transição ordenada” no Egito. Obama disse que conversou por cerca de 30 minutos com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, logo após este ter anunciado, em pronunciamento transmitido ao vivo pela TV, que não vai concorrer a um novo mandato nas eleições presidenciais marcadas para setembro.

“Conversei diretamente com o presidente Mubarak. Ele reconheceu que o status quo não é sustentável e que uma mudança deve ocorrer”, afirmou Obama na Casa Branca, em pronunciamento transmitido pela TV.

“O que indiquei ao presidente Mubarak é que uma transição ordenada deve ser significativa, pacífica e deve começar agora”. Segundo ele, o processo “deve incluir um amplo espectro de vozes egípcias e partidos de oposição”.

Para o presidente norte-americano, o processo deve ser livre e justo. “Deve levar a eleições que sejam livres e justas. Deve resultar em um governo que esteja não apenas baseado em princípios democráticos, mas que também seja sensível às aspirações do povo egípcio”, afirmou.

O anúncio de Mubarak foi feito pouco depois de o líder egípcio ter recebido uma mensagem de Obama para que não buscasse a reeleição nem tentasse eleger seu filho, Gamal – que estaria sendo preparado para sucedê-lo no comando do país.

A mensagem do governo americano foi entregue a Mubarak pelo ex-embaixador norte-americano no Egito Frank Wisner, enviado por Obama ontem ao Cairo. O recado do governo americano foi reforçado pelo senador John Kerry, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Os Estados Unidos fornecem ao Egito mais de US$ 1 bilhão por ano em assistência militar.

Mubarak é há 30 anos um aliado estratégico dos Estados Unidos, em uma região considerada estratégica pelo governo americano. O presidente egípcio apoiou os Estados Unidos na luta contra o extremismo islâmico e nas tentativas de conter as ambições do Irã na região, e teve participação relevante nas negociações de paz entre israelenses e palestinos.

Da BBC Brasil e Agência Brasil

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