Sob suspeita de produzir armas atômicas, o Irã é alvo de sanções de parte da comunidade internacional e desconfiança da Agência da Internacional de Energia Atômica (Aiea). No entanto, o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega as denúncias e acusa a agência de ser “influenciada” politicamente. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, reiterou hoje (8) as acusações contra a Aiea.
“Há certas questões ambíguas são criadas com base em antigas alegações, sem o fornecimento de documentos pertinentes, indicando que a pressão política ainda está em jogo na Aiea”, afirmou Mehmanparast, na entrevista coletiva que concede semanalmente. As informações são da rede estatal de televisão, a PressTV.
Segundo o porta-voz, em documento datado de 25 de fevereiro, a agência nuclear que é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o Irã deve suspender suas atividades de enriquecimento de urânio.
Porém, Mehmanparast ratificou que o programa nuclear iraniano segue as normas internacionais. De acordo com ele, não há a produção secreta de armas atômicas. No entanto, para a comunidade internacional, a desconfiança permanece. “Temos preocupações e queremos esclarecer o assunto”, disse ele.
Desde junho de 2010, o Irã está sob rígido embargo imposto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente por vários países e blocos, como os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e a União Europeia. O embargo atinge principalmente as áreas comercial, econômica e militar dos iranianos.