Israel libertará nesta quinta-feira 750 presos, 550 deles comuns, que cumpriram suas penas, entre eles um líder do Hamas na Cisjordânia, Hassan Youssef, informou a autoridade penitenciária de Israel.
A porta-voz do serviço de prisões, Sivan Weizman, desmentiu que se trate de um gesto de boa vontade por conta do Ramadã, um dos cinco pilares do Islã, como informou a imprensa local.
Todos os libertados haviam atingido o fim de suas penas, explicou à Efe.
Dos 200 detentos soltos e denominados ‘de segurança máxima’, ou seja, que foram julgados por ações vinculadas ao conflito palestino-israelense, cerca de 180 pertencem ao movimento Fatah, liderado pelo presidente Mahmoud Abbas, disse à Efe o presidente da sociedade de presos palestinos, Qadura Fares, no posto de controle de Betunia, onde os libertados chegam e a alegria reina entre as famílias.
‘Eles haviam completado suas sentenças há meses, mas Israel atrasava sua libertação’, denunciou Ziad Abu Ein, diretor do Ministério de Assuntos dos Prisioneiros da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que reduziu o número de libertados para 74.
O preso libertado de maior destaque é Hassan Youssef, um dos fundadores e principais figuras do movimento islâmico Hamas no território ocupado da Cisjordânia, que estava há seis anos na prisão.
‘Os prisioneiros sofrem enormemente dentro das penitenciárias pelas medidas arbitrárias que Israel toma contra eles’, disse Youssef à imprensa ao ser libertado.
Um de seus filhos, Musab Hassan Youssef, que agora vive nos Estados Unidos e deixou o Islã, é famoso por ter atuado durante uma década como espião dos serviços de inteligência israelenses, como explica em sua biografia ‘Filho do Hamas’.
Israel mantém cerca de 7 mil palestinos em 25 centros de detenção e endureceu recentemente suas condições penitenciárias em represália à falta de avanços nas negociações para a libertação de seu soldado Gilad Shalit, preso desde 2006.