Eles querem ser lembrados em preto e branco. A foto oficial, divulgada hoje, dá um toque de antigamente ao casal.
Em movimento, os noivos querem passar uma imagem moderna da realeza. No juramento de Kate, foi retirada a promessa de obedecer ao marido, mas estão mantidos os verbos amar, consolar, honrar e cuidar.
Kate voltou hoje de manha à Abadia de Westminster. Desta vez sem o noivo, mas com o padrinho príncipe Harry, com os pais, os pajens e as daminhas de honra.
Na saída, a noiva sorriu e Harry acenou para a multidão. Foi a primeira recompensa para quem já está há três dias esperando na calçada.
Nem tudo se parece com um conto de fadas nessa história de príncipes. Uma cidade de barracas surgiu em frente à igreja para ver a chegada dos noivos. Ninguém paga ingresso para ver este espetáculo, mas os melhores lugares da arquibancada já estão ocupados.
São dezenas de barracas, centenas de pessoas, e uma brasileira. Ângela vai ver de perto a família real. “É uma coisa que eu nunca mais vou fazer. É frio, é duro. Como só estou em Londres por um ano, achei que era interessante”.
Ninguém tem convite para a festa, mas eles são a festa. Enquanto William e Kate não chegam, são também os personagens principais. É preciso entrar na fila para entrevistar alguém.
A mini-cidade tem bairros bem divididos: de um lado os experientes. Do outro, os aventureiros sem barraca.
Uma mulher viajou 6.793 quilômetros. Chegou com as amigas do Canadá, para lembrar que William também pode ser rei de mais 15 países, ex-colônias britânicas que mantém até hoje a ligação com a monarquia.
A vizinha saiu, mas deixou um recado para quem gosta de criticar. Não sou maluca, só quero ver o vestido.
Um inglês de 76 anos já viu a avó do noivo vestida de noiva e conta tudo para quem acabou de chegar.
O menino William tem nome de príncipe e uma nobreza de quem, aos dois anos, já embarca sem chorar na aventura da família.
Para os fãs da realeza, cada barraca é um palácio e Londres que faça silêncio, pois o príncipe vai dormir.