Nepal apoia o Brasil na reforma do Conselho de Segurança da ONU

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O ministro das Relações Exteriores do Nepal, Upendra Yadav, defendeu hoje (3) a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a inclusão do Brasil como membro permanente do órgão. Segundo ele, é necessário ampliar o espaço destinado aos países em desenvolvimento no conselho e, para isso, alterar a estrutura do órgão é fundamental.

O conselho mantém a mesma estrutura desde que foi criado, após a 2ª Guerra Mundial. É integrado por 15 países, sendo cinco permanentes e dez rotativos. Para o Brasil, uma das propostas mais adequadas é elevar em dez o número de vagas. Os membros permanentes são China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, enquanto os provisórios (com mandatos temporários) são Bósnia e Herzegovina, Alemanha, Portugal, Brasil, Índia, África do Sul, Colômbia, Líbano, Gabão e Nigéria.

O chanceler do Nepal está no Brasil para negociar acordos de parcerias nas áreas econômica, política e comercial, assim como o fim da exigência de vistos para funcionários do Ministério das Relações Exteriores. A ideia é incrementar as parcerias nas áreas de desenvolvimento agrícola, energia limpa e biocombustíveis.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que a parceria com o Nepal colabora para que o Brasil “conheça melhor a realidade da Ásia Meridional”. Brasil e Nepal mantêm, há 35 anos, relações diplomáticas. Atualmente, há 50 brasileiros vivendo no Nepal, onde atuam em organizações não governamentais.

Pela primeira vez, o Brasil designará um embaixador para o Nepal, o diplomata Marcos Duprat. Há dois anos, o Nepal estabeleceu uma representação diplomática em Brasília. Segundo o chanceler nepalês, a tecnologia e as indústrias brasileiras são bem-vindas no país dele.

O Nepal faz fronteira com a China e a Índia e, por isso, é considerado estratégico na geopolítica da região. O país é referência para o budismo, berço de Sidarta Gautama, o Buda. Também é famoso pelas paisagens exuberantes da Cordilheira do Himalaia, pela arquitetura e pelo acervo histórico. A população nepalesa é composta de 12 etnias, que convivem harmonicamente. A agricultura emprega 90% da mão de obra no Nepal. A produção agrícola se baseia no arroz.

 

Agência Brasil

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