Opositores ao governo Khadafi enfrentam polícia na Líbia

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Manifestantes contrários ao governo do presidente Muammar Khadafi, que há 41 anos está no poder, enfrentaram hoje (16) a polícia na cidade de Benghazi, a mil quilômetros da capital do país, Trípoli. Foi o segundo dia consecutivo de protestos. Ao todo, 14 pessoas ficaram feridas, entre elas dez policiais, segundo a BBC. O confronto foi causado pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e notório crítico do Khadafi.

O advogado representa as famílias de vítimas do massacre atribuído a forças de segurança no Presídio de Abu Slim, em Trípoli, em 1996. Mais de mil prisioneiros foram mortos em circunstâncias que não foram esclarecidas. O presídio abriga opositores do governo e militantes islâmicos.

Ontem (15), uma multidão, incluindo pessoas que têm parentes na prisão, marchou até a sede do governo local para exigir a libertação de Terbil. Os manifestantes seguiram para a Praça Shajara, a principal da cidade, onde enfrentaram a polícia e correligionários do governo.

Depois eles foram dispersados e a praça foi tomada por ativistas governistas que ocuparam o local até a manhã de hoje (16). Não há relatos independentes sobre o número de participantes nos protestos em Benghazi, mas testemunhas contam que e a manifestação chegou a reunir 2 mil pessoas.

Há informações de que os manifestantes jogaram pedras na polícia, que reagiu com canhões de água, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. A TV estatal da Líbia mostrou o imagens de pessoas em Benghazi expressando o apoio ao governo.

As manifestações pró-democracia vêm se espalhando por diversos países árabes e muçulmanos. Eles tiveram início na Tunísia em dezembro passado e provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro. Na semana passada, uma série de manifestações no Egito provocou a renúncia do presidente Hosni Mubarak.

Agência Brasil

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