Tenta ver à força filhos que violou

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Proibida pelo Ministério Público de ver os três filhos, de nove, 11 e 13 anos, desde Abril do ano passado, Amélia, que continuou ontem a ser julgada com o marido José no Tribunal de Vila do Conde Portugal, por abusar dos menores, recusa-se a manter-se afastada das crianças. A mulher tem perseguido os filhos e esperado por eles junto à escola, onde tem provocado inúmeros desacatos.

“Ela não deixa os filhos em paz, espera por eles à porta da escola várias vezes e provoca discussões, pois os professores não a deixam aproximar-se das crianças. Os meninos ficam muito envergonhados e temem que os colegas descubram tudo”, contou um familiar do casal.

As atitudes de Amélia, que juntamente com José forçou os menores a ter sexo em grupo e a manterem contatos sexuais com um cão, têm perturbado imenso os dois meninos e a irmã, a vítima mais nova. Embora as crianças, que vivem numa instituição, se sintam culpadas por denunciarem os abusos, que levaram à prisão do pai, não conseguem esquecer os dois anos de sofrimento que viveram.

“As crianças não aceitam que a mãe se aproxime. Sofreram muito e só agora têm noção da gravidade dos atos a que foram sujeitos”, disse a mesma testemunha.

Na sessão de ontem foram ouvidas as últimas testemunhas de defesa, entre as quais constam duas psicólogas da ‘Recriar’, um gabinete terapêutico e psicopedagógico que os irmãos frequentavam. Ambas a testemunhas afirmaram que nunca se aperceberam dos abusos a que os menores eram sujeitos. As psicólogas admitiram também que ficaram bastante surpreendidas quando o caso foi descoberto.

O julgamento retoma agora apenas a 10 de Março. Até lá, deverão ser realizados novos exames psicológicos aos menores. O objectivo é avaliar a credibilidade dos depoimentos das crianças, que já foram ouvidas para memória futura

Correio da Manhã Portugal

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