Todos mineiros estão com saúde, diz ministro chileno

290

Ao completar ontem (5) um mês que 33 trabalhadores chilenos estão soterrados em uma mina no Norte do país, o ministro da Mineração, Laurence Golborne, disse que não há o que comemorar a não ser que todos estão com saúde. Ontem mesmo foi colocado em prática o chamado plano B, que é o uso simultâneo de duas máquinas para a escavação do local. Os mineiros também puderam conversar, pela segunda vez, por meio de videoconferência, com as famílias.

As informações são da rede de televisão estatal do Chile, TVN, e da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam. “Este é um verdadeiro cativeiro, embora saibamos que eles estão com saúde e de bom humor. É um isolamento  complexo, por isso não temos nada para comemorar, mas para lembrá-los que todos no Chile estão com eles e vamos continuar trabalhando para tirá-los de lá com vida”, disse o ministro.

Golborne elogiou a “coragem dos homens que estão lá isolados” e afirmou que a “expectativa é que no menor tempo possível ocorra o resgate”. As autoridades chilenas ainda mantêm a previsão inicial de mais três ou quatro meses para a conclusão do resgate de todos os trabalhadores, que estão a 700 metros de profundidade.

As dificuldades, segundo os especialistas, são causadas pelos riscos constantes de novos desabamentos no local e o terreno acidentado. Os mineiros, soterrados na Mina de San José, no Deserto do Atacama, são acompanhados por médicos, nutricionistas e psicólogos. As famílias armaram um acampamento no local.

Para amenizar o sofrimento dos trabalhadores, as autoridades enviaram equipamentos para que possam assistir a partidas de futebol e filmes, além de ouvir música. Também foram encaminhados livros e Bíblias. Desde sábado (4), os mineiros passaram a conversar por videoconferência com os parentes. Até então, o diálogo era por meio de cartas, bilhetes e conversas telefônicas.

Segundo relatos das famílias, a emoção prevalece nos contatos por teleconferência: há muito choro e pedidos por orações constantes. Os trabalhadores e as famílias também trocam cartas e bilhetes.

O psicólogo responsável pelo acompanhamento dos mineiros na área de saúde mental, Alberto Iturra, sugeriu que os parentes não passem a eles problemas nem preocupações, seja nas conversas por videoconferência ou escrito. “Isso não seria apropriado agora”,

FAÇA UM COMENTÁRIO

Por favor digite um comentário
Por favor digite seu nome aqui