Ministro da Justiça da Itália reitera pedido em favor da extradição de Battisti

192

O ministro da Justiça da Itália, Angelino Alfano, reiterou que a expectativa do governo italiano é que o Brasil reveja sua decisão e faça a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti, de 52 anos. A defesa em favor da extradição foi feita durante a reunião do conselho de ministros e depois de o Parlamento Europeu ter aprovado a moção italiana que faz um apelo para que o Brasil mude a decisão de manter no país o ex-ativista.

“É precisamente para proteger o direito fundamental que a Itália está lutando pela extradição de Battisti com base em tratado bilateral com o Brasil e os princípios do direito internacional”, afirmou Alfano em comunicado publicado na página do Ministério da Justiça da Itália na internet. O caso Battisti deve ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em fevereiro.

No último dia 20, o Parlamento Europeu aprovou a moção encaminhada pelo governo italiano. O Brasil deverá ser comunicado oficialmente. A decisão tem o peso de uma recomendação do governo italiano.

A comunicação será feita à presidenta Dilma Rousseff e aos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além do presidente da Comissão Parlamentar do Mercosul, senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).

Também na última semana, a Presidência da República confirmou que Dilma recebeu uma carta do presidente da Itália, Giorgio Napolitano, sobre o caso Battisti. Na correspondência, Napolitano reitera o pedido de extradição do ex-ativista. Mas a carta foi enviada antes da decisão do Parlamento Europeu e do Senado da Itália.

O caso Battisti gerou polêmica e reações na Itália, que considera o ex-ativista um criminoso comum. Na Itália, ele é acusado de envolvimento em quatro assassinatos e foi condenado à revelia à pena de prisão perpétua. No último dia 31, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Battisti no Brasil com base nas argumentações da Advocacia-Geral da União.

Há pouco mais de três anos, Battisti está preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ele fugiu da Itália rumo à França e, em 2004, chegou ao Rio de Janeiro. Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), ele nega todos os crimes que lhe são atribuídos.

Agencia Brasil

FAÇA UM COMENTÁRIO

Por favor digite um comentário
Por favor digite seu nome aqui