Polícia Civil deflagra operação “Bola de Neve” em Governador Valadares

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na sexta-feira (27/10), a operação “Bola de Neve”, com o objetivo de combater crimes de usura e agiotagem em Governador Valadares. Ao total, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois em estabelecimentos comerciais, situados na região central da cidade, e um na residência do suspeito, um empresário de 36 anos, localizada no bairro São Paulo.

De acordo com o Delegado Luciano Cunha, as investigações tiveram início há aproximadamente quatro meses, após denúncia de uma das vítimas, que teria relatado a realização de um empréstimo junto a um comerciante da cidade, e não estaria tendo condições de saldar a dívida, já que os juros cobrados seriam extorsivos e abusivos, num patamar de 50% ao mês. Em razão do abuso, gerou-se uma “bola de neve” impagável, daí o nome da operação policial.

Durante o cumprimento das buscas nos endereços comerciais, foram apreendidas 209 notas promissórias, 32 cartões bancários de terceiros, supostamente retidos por garantia e utilizados para saques de benefícios, além de 23 carteiras de trabalho, 14 carteiras de identidade, 5 CPF’s, nove folhas de cheque e R$ 7.650 em espécie. Segundo o Delegado responsável pela operação, calcula-se que aproximadamente 150 pessoas possam ser vítimas do investigado.

Ainda, de acordo com o Delegado Luciano, a Receita Estadual, que participou da ação, concluiu que, a princípio, a situação documental dos estabelecimentos comerciais estaria regular. Entretanto, segundo o Delegado, além dos crimes que já estão sendo investigados (usura –  e crime de reter cartão de benefício de idoso  – art. 104 da lei 10.741/03), está sendo apurando eventual cometimento do crime de extorsão. 

Foi constatada, ainda, no imóvel do suspeito, uma ligação clandestina de energia elétrica, verificada com o auxílio de um técnico de companhia energética, o que caracterizou, também, o crime de furto de energia.

Dessa forma, o empresário foi levado à delegacia de Polícia, onde foi autuado e posteriormente liberado mediante pagamento de fiança no montante de R$ 10 mil. No mesmo dia, também foram ouvidas mais de 20 pessoas possivelmente lesadas pelo empresário.

Assessoria de Comunicação – PCMG 

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