Câmara Municipal de Lajinha realiza amplos debates em prol da cidade

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camara-lajinhaDurante sessão ordinária da 2ª Sessão Legislativa da 17ª Legislatura da Câmara Municipal de Lajinha, realizada no dia 2 de julho de 2014, além de amplo debate sobre a situação do trânsito da cidade e a necessidade de regulamentar as construções irregulares, pois foi constatado que alguns cidadãos invadiram passeios e ruas. Segundo a vereadora Neura muitas travessas e ruas inteiras desapareceram em Lajinha ao longo do tempo. Os vereadores apreciaram e votaram extensa pauta, no decorrer dos trabalhos. A sessão foi conduzida pelo presidente Renato Rodrigues de Souza, com a participação ativa dos legisladores da Casa e de dois munícipes que se inscreveram para participar: José Augusto, um Sr. portador de necessidade no campo visual, e o carreteiro João Paulino.

PRESIDENTE RENATO RODRIGUES DE SOUZA

O presidente ressaltou o grande momento que vive a Câmara Municipal de Lajinha, agradeceu aos ouvintes que acompanham os trabalhos através da 87.9, acreditando nesta cidade. Fazendo uma análise de todos os discursos proferidos pelos vereadores. “Tem hora que sonho, que nós estamos vivendo um novo tempo da Câmara Municipal de Lajinha, por quê? Eu acho que estamos sonhando e tenho quase certeza que esse sonho irá passar para o futuro, porquê hoje nós vemos o trabalho dos vereadores de oposição, sendo oposicionista ao governo e que eu soube fazer daqui dessa Tribuna, praticamente todas as vezes que eu tenho a oportunidade de falar eu sempre repito que se a administração passada tivesse me ouvido, muitos erros desse município não teriam acontecido e tenho a felicidade hoje de presenciar vereadores de oposição sendo oposicionista ao governo entrando no debate e muitas vezes concordando como eu concordei como o vereador Saulo Vereador Flavio e Celso, e isto é inovação e um sonho de consumo para qualquer cidadão que quer uma lajinha melhor de boas administrações e grandes transformações porque os principais favorecidos somos nós do município de Lajinha mas se analisarmos algumas colocações que foram trazidas aqui hoje como por exemplo se nós falarmos daquela área em frente o escritório do Dr. Célio Camargo neste questionamento que está sendo feito sobre uma área que está sendo utilizada, concordo plenamente, “dai a César o que é de Cesar”, se é de direito, que se use, mas se não for de direito, que devolva ao domínio público, para que seja benéfico à todos. Agora eu respondo duas perguntas ao mesmo tempo, quando eu ouvi um vereador cobrar a participação dos vereadores do PMDB no poder atual, eu digo aos senhores, os mesmos que cobram como foi cobrado a participação do vereador do PMDB na elaboração do projeto, para construir um posto de saúde no Palmeiras, nesse momento não estaria sendo feito, mas graças a Deus não perdemos a obra, vai ser construído no Socapó em uma região muito próximo e perto para o povo”. Salienta o presidente.

Continuando o vereador Renato propôs se reunir com o prefeito para ver as perspectivas do município e colocar algumas pendências em dia, inclusive os quatro ou cinco meses atrasados que o governo deixou, mas com tudo isso o presidente acha que esse momento está sendo muito bom para o legislativo de Lajinha, o vereador declara que acredita nele, em seus parceiros e no município, “em nenhum momento fui obstáculo para interromper a administração do ex-prefeito, eu contribui na minha palavra, nas minhas ações, se eu fui eleito para representar o partido e o povo, espero que sirva de lição para todos. E que os grandes debates desta casa sejam feitos todos tirados do coração, que sirvam para unir todos e para buscarmos forças e ideias para que Lajinha não despenque ainda mais, e muito obrigado”. Conclui o presidente.

VEREADOR PAULO CÉSAR

O Vereador Paulo Cesar, ao ocupar a Tribuna de Honra agradeceu os munícipes presentes à reunião, secretários e vereadores, bem como aos que acompanham através da emissora de rádio de Lajinha que faz a transmissão das reuniões da câmara. “Senhor presidente fazendo a nossa reunião acontecer quero te parabenizar, porque não tivemos oportunidade, Lajinha completou 76 anos de emancipação política, como foi publicado aqui no Jornal das Montanhas do nosso amigo Devair, mas eu quero dizer a todos que não vieram, que não participaram da festa que o Devair está de parabéns, viu Devair você fez a matéria ficar bonita. Segundo o vereador Paulo Cesar ele foi procurado antes da festa pelos vereadores Renato e Flávio pedindo autorização para realizar a festa no terreno do vereador. “Eu falei com todo prazer, pode usar, pode fazer a festa, esteja a vontade, use e abuse e faça a festa acontecer, mas não sei quem esta assessorando o prefeito, vou ouvir os vereadores, e a festa me desculpe a expressão não foi digna pelos 76 anos de Lajinha. A briga foi entre vereadores, comerciantes e barraqueiros. Dizem que o local da festa foi vendido por 12 mil, que sujeito de Ibatiba saiu faturando 30 mil e até vendendo o local das barracas. Os barraqueiros que a gente estava vendo, ali mesmo faziam a higiene e tomavam banho, o centro da cidade não foi preparado para esta festa, com toda a disposição com toda a vontade que o prefeito as vezes deveria ter feito e eu só quero dizer aqui o seguinte num trechinho que diz aqui na página 09 do jornal fala sim para nós a cobertura pelo jornal das montanhas ficou muito bonita mas quem participou no domingo principalmente o cantor esteve lá, mas o povo não apareceu. No sábado, milhares de pessoas lotaram a presidente Vargas no centro de lajinha, quem veio viu que o espaço que tinha para as pessoas lotar era 100m² ou dava 90m ² ali não cabe 400, 500 pessoas, como é que vai dar milhares de pessoas”. Disse o vereador Paulo César.

Respeitamos a opinião do professor e vereador Paulo César, mas a Av. Presidente Vargas é bem extensa, nem gosto de citar números em festa, mas vamos supor que a festa tenha ocupado apenas 200 metros de comprimento por 6 de largura, só aí temos, 1.200 metros quadrados, o cálculo folgado utilizado é de 4 pessoas por cada metro, só aí temos 4.800 pessoas.

Continuando o vereador Paulo César declarou que ele e o vereador Humberto fizeram um requerimento à secretária, já protocolado na prefeitura municipal, solicitando da Secretária Municipal da Fazenda a Sra. Valeria Eugenia que respondesse a respeito do estacionamento privativo que se encontra em frente ao escritório do Dr. Célio Camargo.

“Há muito tempo, quando se chegava na Rua Capitão Vieira, próximo à ponte ela abria o paralelepípedo, tanto para um lado, quanto para o outro, e quando se chegava ali, se via praticamente a outra esquina, e vice e versa. Mas o governo de 1988, resolveu mudar esta rua, e eu já era vereador eleito nesse mandato. A mudança ficou bonita fez aqui uma rua de lazer não é verdade?” Interroga o vereador

VEREADORA NEURA

A vereadora Neura, em seu pronunciamento saúda os visitantes, colegas, ouvintes da emissora de rádio. Com relação as reivindicações do Sr João a vereadora concorda e disse que esteve em todas as reuniões que fora convidada através do poder executivo, CONSEP e Polícia Militar, com reunião na prefeitura com o assunto sobre a organização do transito, na época inclusive o CONSEP, o Sr Paulo disse que o município não tinha condições para contratar engenheiro de trânsito . Segundo a vereadora, a Policia Militar se dispôs a dar sua contribuição e o município aceitou, então a partir desse momento, começaram a traçar suas metas para realizar o trabalho, após traçadas as metas e ações, nós fomos convidados e até convocamos a municipalidade como um todo através da bicicleta que faz propaganda para mostrar que ele conseguiu fazer, o tenente deixou claro que ele não era engenheiro de trânsito e que estava ali apenas para dar sugestões naquele momento, inclusive disse que iria começar a fazer uma propaganda, colocando faixas e depois as placas adquirindo experiência para ver como ficaria”. Diz a vereadora.

Segundo Neura houve também outra reunião, que aconteceu no supermercado Bento e estava presente o proprietário, que discordou de algumas sugestões e depois pode ser que haja modificação para o bem do município, a vereadora parabenizou o Sr. João por ter tido a coragem de vir a público colocar sua posição, poucos são aqueles que tem coragem de vir e falar de frente, a vereadora diz ter visto a crítica no Facebook, a questão do lixo feita por João Paulino. “No segundo momento eu quero falar sobre uma coisa que arrasta Lajinha por muito, também como vereadora no município não quero que seja entendida como crítica e nem rebater, mas há anos estamos falando sobre essa questão que as pessoas invadiram as ruas do município e o município não toma nenhuma medida, eu como vereadora da outra gestão visitei diversas vilas, diversos vilarejos de lugares que as pessoas se apossaram dela dentro do município e aumentaram as suas propriedades seus lotes e o município não tomou medida nenhuma”. Explica a vereadora

Nós que somos moradores há muito tempo, onde está a travessa … está na mão de quem? Do município é que não está e eu vivo cobrando isso tem anos, o município já perdeu, onde que foi vendido? Tem documento de compra e venda? O município já perdeu inúmeras vielas e ruas para as pessoas que se sentem dona do que não às pertence e o município não toma providencia não é de hoje, está na hora de tomar uma decisão, não é porque estava errado anteriormente que tem que continuar e a vila Zé Omar onde está? Nem placa tem, e nós que fomos nascidos e criados aqui sabemos disso perfeitamente, então acontece o seguinte erramos no passado se formos falarmos no tripé nós temos três: um médio, um antigo e um novo, é preciso corrigir tudo e agora nós estamos falando aqui de estacionamento certo, nós precisamos estacionar nossos carros, mas vamos ter que melhorar e muito não é só a questão do estacionamento Lajinha esta a 100, 200, 300 anos atrás de município que talvez tenha o mesmo número populacional nosso, porque talvez façam vista grossa nas coisas que acontecem porque fulano lá é meu parceiro político eu não posso fazer nada por ele então deixa passar batido e depois vai ver vai sobrar enguiço vai sobrar problema sério no terceiro momento eu quero falar para vocês que preocupação maior seria meu primeiro momento e eu visitando os bairros semana passada eu visitei o Bairro São Sebastião, Monte das Oliveiras e vou voltar a repetir como eu avisava ao prefeito anterior o Bairro Honorato não resiste mais as chuvas que vão acontecer este ano, nós não podemos falar que não vai chover e nem que vai chover pouco ou muito mas se chover conforme choveu dezembro de 2013 o bairro Honorato vai descer, abaixo da Rua Sucupira não existe mais ela foi tomada pelo barranco que veio da Rua Sucupira e não passa nem de bicicleta, os únicos dois postes que tinham ficaram no meio da rua porque a rua não existe mais a próxima interferência que tiver climática o bairro vai vir para o asfalto, quero dar só mais um alerta a atual administração como eu fiz um alerta nas outras, olhar para aquele povo é importante, o bairro São Sebastião também tem área de risco e é muito importante fazer a limpeza, é uma área de muitíssimo risco você morar ali perto, há muita gente menos favorecida que reside nesses lugares, Sr. prefeito olhe com o coração porque o bairro Honorato vai vir abaixo e nós precisamos fazer lá todo serviço e resolver os problemas desses moradores porque já estão desalojados, nem rua para entrar nas suas próprias casas eles tem, esse é meu principal assunto, Defesa Civil, olhe enquanto é tempo a situação do bairro Honorato porque se a chuva for forte não tem mais jeito, na subida do bar tem um bueiro que está entupido há tempos, precisamos desentupir tem um caminhão de terra dentro do bueiro se não desentupir aquele calçamento que está na subida para o bairro vai vir no meio do asfalto e ai nós vamos ter um problema de ordem seria”. Concluiu a vereadora Neura.

SR. JOSÉ AUGUSTO

Quanto mais democracia, mais eficiência e é necessário em uma comunidade, seja ela pequena ou grande de uma organização, e às vezes convivemos com algumas coisas erradas, até mesmo despercebidas por nós, porque o que não te atrapalha, poderá atrapalhar outra pessoa, veja as considerações do Sr. José Augusto, portador de necessidade especial no campo visual, fez suas reclamações aos vereadores. “Uma boa noite a todos os presentes, eu quero reclamar uma simples coisa que é sobre as cadeiras e mesas nas calçadas e isso está me prejudicando, porque as vezes eu deparo com essas mesas e tem gente sentada e tem carro encostado na calçada, eu tenho que sair no meio da rua para passar e se uma carro me pegar quem está errado? Eu estou errado agora, e faço uma pergunta: é certo essa situação? É certo essas cadeiras ficarem nas calçadas ou é errado? É proibido ou não, se for proibido porque essas mesas continuam nas calçadas?.

O vereador Elias fazendo um aparte disse “Sr José augusto nós fizemos uma reunião com os comerciantes e ficou decidido que após as 19 horas eles poderiam usar as calçadas até então, nós ainda não tínhamos deparado nesta casa com um problema igual ao que o senhor está trazendo, agora temos que olhar com carinho, eu também tenho uma pessoa com deficiência visual em casa e eu sei o que eu passo com ele e imagino o que o senhor passa, nós temos que rever o que nós já fizemos e concertar o erro, vamos unir a bancada e vamos rever esse problema, porque até então ninguém tinha vindo reclamar”. Ressaltou o vereador Elias

Continuando o Sr. José Augusto “então gente é essa minha reclamação eu não tenho carro o meu carro é as minhas pernas graças a Deus e eu dependo das calçadas o meu caminho é de casa para a igreja e da igreja para casa, vocês não me veem em festa, mas a calçada eu dependo dela para mim andar, então se for possível por favor mude, é difícil para mim porque eu ando como uma criança e as vezes eu tenho que pensar para mim e para ele, muito obrigado a todos por terem me ouvido eu agradeço por isso.” Finaliza Augusto.

Presidente Renato – nós que agradecemos e logicamente, tem sim um código de postura, e é ele que rege as normas e todas as regras de ocupação do espaço publico, então só para os senhores terem noção foi citado aqui da insatisfação dos comerciantes das barracas da festa serem na calçada, agora estamos aqui assistindo ao vivo esta situação de um munícipe insatisfeito com as cadeiras e com as bancas de lojas também que colocam nas calçadas, os comerciantes reclamaram, eu mesmo fui questionado sobre as barracas na calçada, mas na hora esquecem de ver o direito do cidadão, do deficiente visual que necessita de se transitar, não se tem noção do espaço que é direito de qualquer cidadão de usar a calçada.

JOÃO PAULINO

O carreteiro João Paulino ocupou a Tribuna da Câmara para levar aos vereadores sua insatisfação pelo fato que agora ele é obrigado a fazer 5 manobras para chegar até sua casa, na cidade de Lajinha. Diante do impasse ele resolveu procurar a Câmara de Vereadores para expor seu problema. “A Rua Herculano Ker não é fácil e no dia eu até falei, tenente, para passar ali, eu vou ter que passar porque agora é lei, bem ou mal vou ter que passar porém, se tiver um veiculo estacionado em frente o quartel por exemplo dificulta a passagem, ele me disse que não ia ter veículos estacionados e por incrível que pareça ontem (1/6) foi a primeira vez que eu passei numa “costela de minhoca” longe da viatura de policia e enfrente o joalheiro tinha um Corsa Classic estacionado bem na esquina, eu passei com muita dificuldade e por pouco não esbarrei a carreta, se tivesse arranhado um dos dois carros quem pagaria? Se o pneu meu tivesse estourado ele custa R$ 1.500 reais, a carreta tem 18 rodas se estourar um a viajem foi para o beleleu, geralmente nas esquinas, alias nos joelhos costuma estourar, mas eu não estou falando isso me defendendo porque eu sou carreteiro, estou querendo falar isso porque gostaria que o transito de Lajinha melhorasse. Eu passo três a quatro vezes aproximadamente aqui, quando eu passava enfrente o banco Itaú eu não dobrava meu caminhão nem uma vez agora eu faço quatro manobras perigosas, porque perigosas? Quando agente curva uma carreta ela torce toda, corro o risco de quebrar a balança da minha carreta sem falar que eu estou correndo o risco de amassar o carro de alguém, porque as curvas são bravas enfrente o posto tem um quebra molas já dificulta eu tenho que fazer quatro manobras perigosas”. Declara João Paulino.

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