Caso Arruda: Líder diz que não se pode vacilar no combate à corrupção

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Fora Arruda

Por 12 votos a 2, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou o pedido de prisão feito pelo Ministério Publico ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, (sem partido). Ele é acusado de tentar corromper testemunhas e obstruir a Justiça no processo que investiga esquema de corrupção desmantelado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A defesa de Arruda entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. O ministro Marco Aurélio Mello vai analisar o recurso. Ao ser informado sobre a prisão do governador, o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), disse que o fato é “profundamente desagradável” mas é uma exigência da Justiça.

“É triste também porque resvala na imagem do homem público. Não podemos vacilar no combate à corrupção. A impunidade é o pior dos males e não existe ninguém acima da lei numa democracia”, disse Fernando Ferro.

Esquema – O esquema revelado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, que deu origem ao inquérito no STJ, consistiu na arrecadação de dinheiro junto a empresas contratadas pelo governo e distribuição de propinas a secretários e deputados distritais. A acusação de obstrução da Justiça se refere a tentativas de compra de testemunhas para que contestassem, em depoimento oficial, as denúncias feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que gravou em vídeos várias cenas em que Arruda e outros recebem maços de dinheiro que seria de propina.

Além de Arruda, a decisão do STJ determinou a prisão de mais cinco pessoas, pelas mesmas acusações: tentativa de corromper testemunhas e obstruir a Justiça. São eles: o suplemente de deputado distrital Geraldo Naves (Dem-DF), o ex-secretário de Comunicação do governo DF, Wellington Morais, o diretor de operações das Centrais Elétricas de Brasília, Haroldo Brasil de Carvalho e o sobrinho do governador, Rodrigo Arantes. Outro acusado, Antonio Bento, já havia sido preso em flagrante ao tentar subornar Edson Sombra, testemunha do escândalo investigado pela Polícia Federal.

Segundo a PF, Arruda ficará à disposição da Justiça na carceragem da Superintendência.

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