Em MG, divisão do PT ameaça aliança vitoriosa

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Atual prefeito de BH tenta se equilibrar para repetir chapa que inclui petistas e tucanos

Sem nomes fortes para disputar a prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem, parte do PT mineiro já trabalha para reeditar a aliança que elegeu Márcio Lacerda (PSB) em 2008. Embora uma ala do partido defenda um confronto aberto com os tucanos, o grupo alinhado ao ex-prefeito e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, se articula nos bastidores pela manutenção da coligação, que inclui o PSDB.

O argumento é que se o partido abdicar da composição com Lacerda estará empurrando o PSB para o colo do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Os tucanos já assediam Lacerda, mas o prefeito está determinado a manter as pontes com os governos estadual e federal, dos quais participa o PSB.

– Eu tenho a obrigação de tentar reeditar a aliança.

Lacerda tem se equilibrado e feito apelos para tentar viabilizar a repetição da aliança. O prefeito circula com desenvoltura entre tucanos e petistas. De acordo com interlocutores, ele se apoia nos “setores mais responsáveis” dos partidos para jogar para daqui a um ano qualquer definição. O prefeito defende a tese de que a população poderá reagir negativamente em caso de antecipação da disputa.

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Os socialistas mineiros lembram também que PT e PSDB não contam com opções reais de vitória na cidade. No caso do PT, o ex-ministro Patrus Ananias tem deixado claro em conversas reservadas que não pretende entrar numa eleição arriscada, avaliando que o partido perdeu muito espaço entre o eleitorado da capital mineira.

O diretório estadual petista saiu ainda mais dividido da eleição estadual no ano passado, quando a chapa Hélio Costa (PMDB) e Patrus (PT) foi derrotada pela coligação encabeçada por Antonio Anastasia (PSDB).

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