Exoneração de Geddel sai em edição extra do Diário Oficial

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A exoneração de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo foi publicada nesta tarde em edição extra do Diário Oficial da União. Mais cedo, o então ministro enviou ao presidente Michel Temer uma carta de demissão. O nome do substituto de Geddel ainda não foi divulgado pelo Palácio do Planalto.

Na carta, Geddel diz que deixa o cargo por causa do sofrimento que a família vem enfrentando. “Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair”, diz.

Nesta quinta-feira (24), o jornal Folha de S.Paulo revelou que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero prestou depoimento na Polícia Federal informando que Temer o teria “enquadrado” para encontrar uma saída para as divergências com Geddel, o que o presidente nega. Após pedir demissão na última sexta-feira (18), Calero deu entrevista alegando que foi pressionado por Geddel para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador. O empreendimento foi embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por estar localizado em área tombada como Patrimônio Cultural da União.

Mesmo com a saída do cargo, o ex-ministro vai continuar sendo investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência, que abriu processo para apurar a conduta de Geddel.

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

Geddel entrega carta de renúncia a Temer

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, acabou de entregar na manhã de hoje (25) ao presidente Michel Temer uma carta na qual pede para deixar o cargo.

A informação foi confirmada há pouco pela assessoria de imprensa de Geddel. Na carta, Geddel diz que deixa o cargo por causa do sofrimento da família. “Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair”, diz. 

Após pedir demissão na última sexta-feira (18), o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero deu entrevista alegando que sofreu pressão por parte de Geddel para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador. O empreendimento foi embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por estar localizado em área tombada como Patrimônio Cultural da União. Os construtores queriam erguer 31 andares, mas o instituto só autorizou a construção de 13.

Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio. Por meio do porta-voz, o presidente Michel Temer afirmou que Geddel permanecia no cargo.

Na quarta-feira (23), Calero prestou depoimento à Polícia Federal e, segundo a imprensa, teria dito que o presidente Michel Temer o havia “enquadrado” e sugerido uma saída por meio da Advocacia-Geral da União para o caso. Por meio do porta-voz Alexandre Parola, o presidente Michel Temer disse que buscou “arbitrar o conflito” e negou ter pressionado Calero.

Veja a íntegra da carta:

Salvador, 25 de novembro de 2016

Meu fraterno amigo Presidente Michel Temer,

Avolumaram-se as críticas sobre mim. Em Salvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. É hora de sair.
Diante da dimensão das interpretações dadas, peço desculpas aos que estão sendo por elas alcançados, mas o Brasil é maior do que tudo isso.

Fiz minha mais profunda reflexão e fruto dela apresento aqui este meu pedido de exoneração do honroso cargo que com dedicação venho exercendo.

Retornado à Bahia, sigo como ardoroso torcedor do nosso governo, capitaneado por um Presidente sério, ético e afável no trato com todos, rogando que, sob seus contínuos esforços, tenhamos a cada dia um país melhor.

Aos Congressistas, o meu sincero agradecimento pelo apoio e colaboração que deram na aprovação de importantes medidas para o Brasil.

Um forte abraço, meu querido amigo.

Geddel Vieira Lima

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