O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou nesta terça-feira (30) a divulgação de telegramas, feita pela organização Wikileaks, nos quais a diplomacia americana aponta corrupção no governo brasileiro. Para ele, o conteúdo é “insignificante”.
– Eu acho que as coisas que vi são insignificantes, que não merecem ser levadas a sério. Na verdade, não sou obrigado a acreditar num telegrama do embaixador americano.
O presidente concedeu uma entrevista após visitar as obras da usina hidrelétrica de Estreito, no Maranhão.
Em um telegrama secreto revelado pelo Wikileaks, o embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel, teria avaliado que o presidente Lula concluirá seus oito anos de mandato com uma gestão que ficou marcada pela corrupção entre seus “mais próximos aliados”, com uma “praga” de compra de votos no PT e sem ter dado uma resposta à criminalidade no Brasil.
O telegrama diz, entre outras coisas, que “a principal preocupação popular – crime e segurança pública – não melhoraram” durante a administração de Lula e menciona escândalos de corrupção ocorridos nos últimos oito anos.
Jobim
Lula evitou ainda repercutir a informação, também divulgada pela organização, de que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, teria dito ao embaixador americano que o ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, odeia os Estados Unidos.
– Eu tenho certeza do comportamento do Jobim e tenho certeza do comportamento do Samuel. Eles são amigos e um não falaria mal do outro.
O Ministério da Defesa divulgou uma nota hoje negando as críticas de Jobim. Segundo o comunicado, em uma conversa por telefone com Guimarães, o ministro da Defesa esclareceu que realmente conversou sobre ele com o embaixador dos Estados Unidos, mas disse que o tratou com respeito e o classificou como “um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”.
R7