Mantega diz que governo está dando todas as condições para queda dos juros

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 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo está dando todas as condições para que a taxa básica de juros da economia (Selic) siga em queda. E prometeu novos cortes de despesas. “Em um período de médio prazo, as condições estarão dadas para que a taxa de juros continue caindo. Vamos continuar fazendo uma política fiscal sólida, contendo gastos de custeio e isso não é uma promessa, já estamos fazendo isso”.

Sobre as previsões macroeconômicas nem sempre convergentes do Ministério da Fazenda e do Banco Central, Mantega procurou evitar polêmicas. “O Ministério da Fazenda faz suas análises. O Banco Central avalia as condições e, mesmo assim é bom levar em conta que, com essa queda da taxa de juros, o Brasil continua um dos países mais conservadores em termos de política monetária. Isso não é isso é crítica”.

O ministro disse também que a evolução de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano (que havia crescido 1,2% em relação ao último trimestre de 2010), já é reflexo das medidas do governo para conter a expansão da economia. “É natural que essa desaceleração contribua para o controle da inflação, significa um nível de atividade mais baixo”.

Segundo Mantega, a expansão do PIB no terceiro trimestre deverá ficar próxima à do segundo trimestre. No quarto trimestre, porém, deverá crescer a taxas mais elevadas, um comportamento natural para o período, que recebe a injeção do dinheiro do décimo terceiro salário. Mantega estimou em 4% o crescimento do PIB em 2011, meio ponto percentual menor que a projeção original, de 4,5%.

O fato de as exportações terem crescido menos que as importações (2,3% e 6,1%, respectivamente) ajudou a conter a expansão da economia. “Uma parte do nosso crescimento está sendo atendida pelas importações. Isso se deve ao câmbio e ao desespero pela situação internacional, que faz com que os outros países exportem para mercados mais dinâmicos”. Mantega disse que, se não fosse o alto volume de importações, o PIB teria sido maior no segundo trimestre.

 

 

 

Agência Brasil

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