O SENADO FEDERAL E A MATÉRIA DO "THE ECONOMIST"

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Matéria do “The Economist” a respeito dos escândalos envolvendo o Senado Brasileiro e seus senadores.
O título é bem sugestivo:

Casa de Horrores

e o subtítulo, mais ainda:

O que os membros do Parlamento Britânico podem aprender com senadores brasileiros

“O presidente do Senado Brasileiro tem assento numa confortável cadeira de couro azul, desenhada por Oscar Niemeyer, consagrado arquiteto brasileiro. Pode ser confortável, mas seus ocupantes também descobriram que ela é um poleiro inseguro.” Três presidentes do Senado foram suspensos ou resignaram devido a escândalos nos últimos oito anos. Agora, um quarto, José Sarney, ex-presidente do Brasil e escritor, está balançando.

“O Senado tem exatamente 81 membros mas, de alguma forma, eles necessitam de quase 10.000 funcionários para cuidarem deles…”
E a reportagem continua…
E no parágrafo final:
“Lula disse que o Senhor Sarney merece mais respeito e culpou a imprensa por estimular o escândalo. Mas num momento em que a economia está emergindo da recessão, a saga dos “atos secretos” leva os brasileiros a se lembrarem de que seus políticos jamais se submeteram à austeridade. Também se lembram das falhas de alguns dos aliados de Lula e sua aceitação para fechar os olhos para o escândalo quando isso lhe é conveniente”.

É isso aí. Desnuda-se para o Mundo a iniqüidade do Senado e do Governo.

www.estadao.com.br

Política
quinta-feira, 9 de julho de 2009, 19:22 | Online

Revista britânica chama Senado de ‘casa de horrores’
AE – Agencia Estado

BRASÍLIA – A longa lista de escândalos do Senado brasileiro chegou às páginas da revista britânica “The Economist”, uma das mais conceituadas do mundo. Com o sugestivo título de “Casa de Horrores”, a publicação relembra o escândalo dos atos secretos, a residência de R$ 4 milhões omitida pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), da Justiça Eleitoral, os negócios de crédito consignado de seu neto José Adriano Sarney, dentro do Senado, – todos revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo -, além da farra das passagens aéreas e o castelo de R$ 5 milhões não declarado à Receita Federal pelo ex-diretor Agaciel Maia.
Com o irônico subtítulo “O que os parlamentares britânicos podem aprender com os senadores brasileiros” – por conta de recentes escândalos na Inglaterra em que deputados foram pegos usando dinheiro público para pagar contas particulares – a reportagem começa lembrando outros detalhes da vida no Senado com que os brasileiros já estão acostumados: 10 mil servidores para tomar conta de apenas 81 senadores, plano de saúde gratuito e vitalício para os parlamentares, auxílios-moradia generosos. “Um ex-servidor conta que seus colegas costumam dizer que o Senado era como uma mãe para eles. Outros o comparam a um clube”, diz a revista.
A “The Economist” conta, ainda, que senadores de todos os espectros políticos estão envolvidos, citando o caso de Arthur Virgílio (PSDB-AM), que teve uma conta de seu hotel em Paris paga por Agaciel Maia. Sarney, na reportagem, é apontado como um “sobrevivente” e o prognóstico da revista é de que ele deverá manter a cadeira de presidente do Senado, lembrando a defesa do senador feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu interesse em manter o PMDB como aliado.
“Em um período em que a economia apenas começa a ressurgir de uma recessão, a saga dos atos secretos lembra aos brasileiros que seus políticos nunca impõem austeridade a eles mesmos. Também por relembrar os defeitos de alguns aliados de Lula e sua disposição para fechar os olhos a escândalos quando isso lhe serve”, finaliza a “The Economist”.

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