Alunos fazem protesto contra falta de estrutura no Hospital Universitário

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Direção pediu demissão coletiva nesta segunda-feira (2).

Centro cirúrgico foi fechado na semana passada por falta de itens básicos.

Estudantes dos cursos da área de saúde da Universidade de Brasília (UnB) paralisaram as atividades na manhã de terça-feira (3) em protesto contra a falta de infraestrutura no Hospital Universitário (HUB). Nesta segunda-feira (2), a direção do HUB pediu demissão coletiva por discordar da posição da reitoria sobre a medida provisória 520, que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A. (EBSERH).

Com faixas, vestidos de branco e com cartazes, os estudantes programam percorrer a Faculdade de Medicina, o ICC Sul e seguir até o Hospital Universitário, onde haveria uma entrevista coletiva com a antiga diretoria do hospital, que foi cancelada. Na hora do almoço, o Restaurante Universitário entra no roteiro do protesto. No final da tarde, os alunos devem participar do primeiro encontro da mesa de trabalho criada pela reitoria após encontro com o Ministério da Educação. O grupo pretende ser um fórum permanente sobre os problemas de gestão do HUB.

Falta de materiais básicos.

Na semana passada, o centro cirúrgico do HUB foi fechado por falta de itens básicos, como luvas, gaze, algodão e álcool. O envio dos materiais foi suspenso por falta de pagamento. Em 2010, o hospital acumulou uma dívida de R$ 4,7 milhões. Neste ano, o déficit já chega a R$ 2,9 milhões. Na terça-feira (26), a reitoria destinou R$ 1,5 milhão para a compra dos materiais. A previsão é que o atendimento no centro cirúrgico volte ao normal nesta quarta-feira (4).

O hospital é utilizado por cerca de 380 alunos das áreas de enfermagem, medicina, odontologia, nutrição, gestão em saúde coletiva e farmácia. Na avaliação da estudante de enfermagem Luiza Neves Teles Prieto, que integra o movimento SOS HUB, o repasse é uma medida paliativa. “O problema no HUB é crônico. Essa crise vai ser sanada com verbas, mas em curto prazo vai ocorrer novamente”, afirma Luiza, lembrando que o pronto-socorro do hospital está fechado desde 2008.

 

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