Controle do câncer na mulher é tema de discussão em Minas

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Com o objetivo de discutir estratégias que permitam diminuir a mortalidade por Câncer de Mama e de Colo Uterino em Minas, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) promove, nesta terça (17) e quarta-feira (18), o 1º Seminário de Capacitação Gerencial nas Ações de Controle do Câncer da Mulher, tendo como público alvo as referências técnicas das Gerências Regionais de Saúde (GRS) e gerentes dos 18 Centros Viva-Vida já implantados no Estado.

Atualmente, esses dois tipos de cânceres estão entre os cinco com maior mortalidade, sendo que o de mama é o primeiro da lista. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2008 estimou-se que para cada 100 mulheres no Brasil, 50% apresentariam novos casos de câncer de mama, e no caso de colo de útero, 19%. Já em Minas Gerais, 42% das mulheres apresentariam caso de câncer de mama e 13% de colo de útero.

Para a Coordenadora do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer no Estado de Minas Gerais, Berenice Antoniazzi, tanto o câncer de mama como o de colo uterino estão entre os casos passíveis de prevenção na atenção primária. “Através de exames simples, como o preventivo, conhecido como Papanicolau e o auto-exame das mamas, esses tipos poderiam ser evitados ou detectados precocemente e não mais chegarem ao hospital com prognóstico desfavorável”, alertou a Coordenadora.

Maria do Carmo, referência técnica da atenção primária da GRS Leopoldina, participa pela primeira vez de um evento com a abordagem do câncer da mulher e acredita que o seminário é muito importante. “Os cânceres de mama e de colo de útero apresentam números muito altos de mortalidade e a prevenção é essencial para se evitar esses óbitos. Minhas expectativas é que a gente possa sair daqui e colaborar para a melhoria dessa situação”, comentou.

Políticas Públicas

As políticas discutidas para controle do câncer no seminário apresentam particularidades voltadas para o âmbito mineiro, mas são baseadas nas ações nacionais. “O plano de trabalho de prevenção nacional foi construído junto com os coordenadores estaduais e tem como premissa a detecção do câncer na atenção básica. Minas está enriquecendo o trabalho produzido, trazendo a prevenção para sua realidade”, explicou a representante do Inca, Ana Ramalho.

Os centros Viva Vida, que buscam melhorar a qualidade de assistência à gestante, ao recém-nascido e à criança em seu primeiro ano de vida, são fortes aliados na luta contra o câncer da mulher. “Uma das atividades desenvolvidas nos centros é a prevenção e o diagnóstico do câncer ginecológico e de mama. E é importante lembrar que até 2011 devem ser implantados 31 centros, de modo a fortalecer a saúde da mulher”, esclareceu a coordenadora da Atenção à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, Marta Alice Venâncio.

Prevenção

Se diagnosticados precocemente, o câncer de mama e de colo de útero apresentam grande probabilidade de cura. Já a prevenção se dá de maneira simples. No caso da mama, é recomendável que a mulher realize periodicamente o auto-exame, no qual deve atentar para alterações como: caroços duros e indolores, saliências ou afundamento na pele, mudança da posição do bico ou ferida ao redor e inchaço da mama. Além disso, é necessário procurar o médico e fazer exame de mamografia, que permite descobrir o tumor ainda bem pequeno. Alimentação saudável, evitar a obesidade, praticar exercícios físicos e não fumar também são medidas que previnem a doença.

Contra o câncer de colo de útero, o Teste de Papanicolau é a melhor forma de prevenção, e pode ser realizado nos postos de saúde. Mulheres com idade entre 25 e 39 anos de idade ou com atividade sexual iniciada, devem realizar periodicamente esse exame. Educação sexual, parceiro único, uso de camisinha, higiene íntima adequada e ingestão de vitamina A na alimentação são aliados na luta contra esse tipo de câncer.

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