No verão, estação em que as temperaturas sobem e as chuvas se intensificam, é preciso ficar ainda mais atento à dengue, pois esta é a época do ano que apresenta condições ideais para a aceleração do ciclo reprodutivo do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A eclosão dos ovos em larvas, sua transformação em pupas e em mosquitos adultos, ocorre de forma mais rápida em temperaturas mais altas.
A Referência Técnica Estadual em Dengue, Kauara Brito, explica que a partir de sete dias em temperaturas aproximadas a 30º C, a 33º C, um ovo já pode se transformar em mosquito adulto. “Mesmo longe da água, o ovo sobrevive por até mais de um ano”, lembra ela.
Mesmo com a baixa umidade e a falta de chuvas, a técnica assegura que não podemos afirmar que houve redução do número de criadouros no Estado. “A baixa umidade aumenta o tempo de evolução do ciclo do vetor e o baixo índice de chuvas reduz a existência de reservatórios com acúmulo de água no ambiente. Esses fatores contribuem com a redução da infestação do vetor no ambiente, mas somente podemos afirmar que há uma redução de criadouros em Minas Gerais após a realização de uma pesquisa larvária”, afirma.
O trabalho intenso de controle vetorial feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nos últimos dias é importante para a redução dos criadouros. Porém é preciso lembrar, ainda, que muitos deles são mantidos mesmo sem chuvas, artificialmente, dentro dos imóveis, como em pratinhos de vaso de planta, vasos de plantas aquáticas, bandejas de geladeira e de ar condicionado, bebedouros de animais, entre outros.
Ag:Minas
