Dom Tomasi alerta sobre efeito da Gripe A nos países mais pobres

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Dom Silvano
Dom Silvano M. Tomasi

Por Devair Guimarães de Oliveira
Caso como este da morte da menina em São Paulo deixa um pouco de dúvida e preocupação, Osasco é uma grande cidade da metrópole paulista com quase um milhão de habitantes, dotada de todos os recursos e só descobriram a doença depois da morte da menina, imagine se esta pandemia chegue às cidades pobres onde há deficiências de recursos médicos. Até agora a gripe pegou mais a classe média alta os que visitam outros países e o foco das autoridades em todo o mundo são os portos e aeroportos. Vamos torcer para que logo desenvolva uma vacina para que as pessoas fiquem imunes a este tipo de moléstia, a boa notícia é que a Suíça e Brasil estão bem adiantados com a vacina e dentro de uns três meses já estará disponível, principalmente o laboratório ‘Novartis’ da Suíça, porém o Instituto Butantã em SP prevê para 2010.

O representante da Santa Sé na Sessão de alto nível do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), Dom Silvano M. Tomasi, ressaltou ontem sua séria preocupação com os efeitos da pandemia de Gripe A nos países mais pobres, já sobrecarregados pela atual crise econômica.

Dom Tomasi afirmou que os efeitos da crise têm sido mais graves entre as populações vulneráveis, também afetadas pela Gripe A H1N1. Para o representante da Santa Sé, o impacto da doença no futuro não é avaliável com precisão. “A relação entre pobreza e escassez de saúde é evidente; e há receio diante da perspectiva do aumento do número de pessoas na pobreza extrema, estimado hoje entre 53 a 65 milhões de pessoas”.

O arcebispo referiu ainda que cerca de 800 milhões de pessoas desnutridas vivem em áreas rurais, onde o sistema público de saúde é carente: “Concluímos que um número significativo de pessoas famintas e já extremamente pobres estão expostas a um risco maior de contrair doenças contagiosas e crônicas”, – disse Dom Tomasi.

“Esta situação pode ser agravada com eventuais cortes na ajuda internacional ou com o aumento de pessoas doentes em sistemas públicos de saúde já bastante frágeis. Os países em desenvolvimento – disse Dom Tomasi – não serão capazes de responder às necessidades de seus cidadãos mais vulneráveis”.

A Igreja Católica financia, em todo o mundo, 5378 hospitais e mais de 18 mil clínicas, além de 15 mil lares para idosos e pessoas portadoras de deficiências, especialmente na África.
Fonte: Rádio Vaticano

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