Escola de Saúde realiza oficina de humanização

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Reunião do Grupo Interinstitucional da Política de Humanização da SES

Representantes de hospitais, secretarias municipais, conselhos de saúde, fundações, comunidade acadêmico-científica, Gerências e Superintendências Regionais de Saúde, usuários do SUS e demais interessados no desenvolvimento da Política de Humanização participaram, nesta terça-feira (23), da quarta reunião do Grupo Interinstitucional da Política de Humanização (GIPH), da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG). A reunião teve o tema “Acesso e Acolhimento no Contexto da Diversidade” e aconteceu no auditório da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), em Belo Horizonte.

A médica do Hospital João XXIII da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Luciana Silveira, falou sobre o “Acolhimento no contexto da clínica de toxicologia (ciência que estuda os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos)”. Ela explicou como são feitas as primeiras consultorias com pacientes intoxicados – autoextermínio, drogas, álcool misturado com medicamento, picadas de animais peçonhentos, entre outros.

Já o estudante de enfermagem, Arcênio Sabú Sulvai, natural de Moçambique, contou sua experiência enquanto técnico da saúde pública na África e elogiou a contribuição brasileira para a melhoria da saúde em seu país: “Agradeço principalmente a todos vocês que sabem acolher”.

Para Mônica Duarte, funcionária da SES-MG, que faz parte do Grupo de Humanização, a palestra valeu para ver a precariedade da atenção primária. “Foi muito importante entender como é feito o acolhimento e atendimento aos enfermos africanos e como são aplicados os princípios éticos, respeitando a cultura local, principalmente dos curandeiros, que são tradicionais na medicina africana”, explicou.

O professor da Unimontes, Amaro Sérgio Marques, abordou o tema “Acesso e Acolhimento da População Negra e Quilombola”, com um estudo de caso do Norte de Minas. Ao final da reunião, os participantes fizeram um breve relato sobre as Conferências Municipais e Estaduais de Saúde.

Por meio de mobilizações como essa, com a participação efetiva de trabalhadores, usuários e gestores dos serviços de saúde, a Oficina de Humanização visa garantir atendimento com qualidade aos usuários e melhor as condições de trabalho dos profissionais.

Para a técnica em radiologia da cidade de Almenara, Aleuda Costa, participar da atividade foi uma lição de vida. “Aprendi verdadeiramente o que é humanizar. É se doar, é saber que o outro precisa de você. E o melhor disso tudo é que pude levar para o meu local de trabalho e colocar em práticas todos os ensinamentos. Está sendo maravilhoso”, disse.

 

 

Agência Minas

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