Incidência de catapora tende a aumentar com o início da primavera

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Extremamente contagiosa, a doença pode ocorrer durante todo ano, mas é mais frequente entre os meses de agosto e novembro. Bastante comum na infância, a varicela, também conhecida como catapora, apresenta baixa letalidade, mas requer cuidados nessa época do ano devido a sua forma de transmissão. “O ser humano é a única fonte de secreção do vírus e, devido às correntes de ar mais frias, as pessoas ficam mais aglomeradas e em ambientes fechados, com pouca ventilação, o que facilita o contágio”, explica a coordenadora estadual de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Janaina Fonseca Almeida.

Historicamente, a varicela é considerada uma doença benigna, no entanto a mesma pode ter uma evolução grave, principalmente em menores de um ano de idade, adultos e pessoas com imunodeficiência. “Nesses grupos, as complicações como pneumonia e encefalite são mais frequentes, o que acaba conduzindo ao aumento das taxas de hospitalizações e de mortalidade”, comenta a coordenadora.

De acordo com dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, até o momento, foram notificados 5.583 casos de catapora em Minas, com uma tendência a elevação desse número a partir deste mês. “Estamos em fase de sazonalidade da varicela, o que pode ocasionar surtos, complicações e até mesmo óbitos. Portanto, faz-se necessário a adoção de medidas de controle, que se desencadeadas em tempo hábil, podem evitar o aumento do número de casos e as complicações da doença”, afirma coordenadora, Janaina Almeida.

Medidas de Prevenção

Uma das formas mais eficientes de se prevenir a contaminação pela catapora (e as possíveis complicações decorrentes da doença) é manter os cuidados básicos de higiene, especialmente manter as unhas bem aparadas e limpas, o que vai impedir a contaminação das feridas.

Para evitar a manifestação e possíveis surtos da doença, outros fatores e medidas preventivas devem ser levados em conta, principalmente quando já houver ocorrências na localidade, seja em casa, no trabalho, na escola ou creche.  São eles:

– Vacinar as crianças contra a catapora no primeiro ano de vida. Os adultos que não receberam a vacina quando crianças também devem ser vacinados;

– Evitar contato direto com pessoas doentes;

– Não coçar as lesões para evitar infecções por bactérias;

– Lavar as mãos após tocar nas lesões, que são potencialmente infecciosas. O uso do álcool em gel é aconselhável;

– Não arrancar as crostas que se formam quando as erupções regridem;

– Manter o paciente em repouso enquanto houver febre;

– Oferecer ao doente alimentos leves e muito líquido;

– Manter o paciente em isolamento – pessoas diagnosticadas com varicela só devem retornar à escola ou trabalho depois que todas as lesões tenham evoluído para crostas. É muito importante que elas não fiquem expostas, sob nenhuma hipótese, em meio a aglomerações ou festas. Pessoas imunodeprimidas, ou que apresentam curso clínico prolongado, só deverão retornar às atividades após o término das erupções.

Transmissão e Sintomas

Causada pelo vírus varicela-zoster, a catapora pode ser transmitida por um indivíduo doente, através do ar (espirro, tosse, gotículas de saliva) ou pelo contato direto com as lesões, sendo que a infecção confere imunidade permanente ao indivíduo infectado.

A catapora manifesta-se basicamente como um exantema vesiculoso (erupções rosadas na pele), pruriginoso (causa coceira) e generalizado (por todo o corpo), acompanhado de febre baixa (entre 37,5° e 39,5°). Também é comum surgir dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite e cansaço.

Agencia Minas

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