Jornal das Montanhas atende reclamação de moradores

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Mulher do bairro Matinha tem 5 filhos com hepatite e reclama de não ter sido atendida pela Vigilância Sanitária de Manhuaçu. O Jornal das Montanhas leva para todos os leitores o que se passa no dia a dia com centenas de pessoas que são excluídas e esquecidas pelo poder público, veja abaixo o desabafo e indignação dessa senhora Maria Sueli. “OBS: Art. 5º da constituição”

Muitas pessoas tem na polícia, ou na imprensa sua última fronteira, é por isso que nós do Jornal das Montanhas fazemos questão de dar voz a qualquer cidadão. “A minha principal reclamação é que desde quando mudei aqui para essa rua (Av. Palmeiras, Bairro Matinha) estava faltando muita água, depois de um tempo o dono da casa colocou uma encanação aqui, só que depois que começamos a ingerir dessa água os meus filhos começaram a ficar doentes e foram detectados casos de Hepatite A, e então quando o dono da casa descobriu que tinha cinco casos de Hepatite aqui ele logo veio e tirou a encanação de onde estava vindo essa água e colocou outra, só que antes de ele trocar eu estava atrás da vigilância sanitária pedindo ajuda. Inclusive ontem eu fui lá pedir ajuda a eles para virem aqui para verem de onde a água estava vindo e eu iria mostrar tudo para eles e até hoje não vieram.

Agora já não adianta mais, nem hoje e nem amanhã porque para saber de onde estava vinda a água teriam que ter vindo ontem, só que não adianta chamar eles porque eu ligo, e todos nós aqui da vizinhança ligamos e eles não estão nem ai e o dono só quer receber o aluguel dele”.

Algumas pessoas falaram para ela que o problema poderia estar na água, então dona Sueli foi buscar ajuda na Vigilância Sanitária. “Chamei a vigilância sanitária também e eles não vieram. Todo mundo aqui perto diz que chama a vigilância para resolver o problema do esgoto mais eles não vêm, eu acho isso um descaso muito grande que eles fazem com nós. Ontem eu fui lá e eles não vieram para resolver o problema e inclusive os funcionários do posto de saúde onde estou levando meus filhos ligaram para a vigilância sanitária também terça feira e nada até hoje. Veja só, são cinco casos de Hepatite e eles não estão nem ai para nós. Se fossem em um restaurante que tivesse alguma suja, irregular o pessoal da vigilância já teria ido lá à hora e teria multado o restaurante, agora com os pobres que precisa da ajuda deles, corre atrás de ajuda e eles não ajudam. Aqui eles poderiam ter feito o exame da água e saberia se fosse mesmo da água ou não de onde meus filhos foram infectados por Hepatite. Eu ontem aproveitei também e fui no laboratório São Lourenço mandar fazer o exame da água que custa 70,00 reais (setenta reais), a moça falou comigo que eu iria jogar o meu dinheiro fora porque seria minha palavra contra a do dono da casa que eu poderia estar pegando água de outro lugar e falando que era daqui e que teria simulado esta água suja e levado lá, então teria que ser um órgão competente para fazer esse exame e esse órgão seria a Vigilância Sanitária. A moça que me atendeu lá me aconselhou ao invés de fazer o exame era para eu pegar o dinheiro e cuidar dos meus filhos, fui muito mal atendida, o moço que me atendeu lá me disse que às vezes uma criança possa defecar e depois coloca na boca e com isso pegou Hepatite. Você acha realmente que esse menino aqui de 12 anos de idade defeca e depois coloca na boca? Não tem lógica, achei uma grande falta de respeito”. Concluiu Dona Sueli

Vendo a reportagem uma senhora Dona Catarina, aproximou e também reclamou da falta de atendimento, falou sobre os problemas da rua sem asfalto e dos carros que passam em alta velocidade. “ A minha principal reclamação é o pedido do asfalto aqui para nossa rua, nós já reclamamos, já procuramos para que eles viessem fazer o asfalto aqui para nós e eles não fazem, pedimos para que jogassem água para amenizar a poeira e eles não jogam. Nós comemos poeira aqui e eles só nos procuram na eleição, aí sim nós somos bem atendidos, fora da eleição nós somos tratados como cachorros. Se nós temos luz aqui foi porque nós pagamos para colocar. E o Dejair mesmo já disse que só vamos ter o asfalto aqui se nós pagarmos para colocar. Os carros e motos passam aqui em alta velocidade, nós temos crianças pequenas que é perigoso pode pegar uma criança dessa a qualquer momento e passam aqui fora de hora fazendo bagunça. Essa noite mesmo foi dormir 1h da manhã porque um motoqueiro passou jogando bombinha dentro de casa e eu dependendo do remédio controlado para eu dormir mesmo assim não consigo por causa da bagunça, ficam fazendo cavalinho de pau, eu nunca vi isso porque nós moramos na roça e não temos sossego. Tentamos fazer esse quebra mola e estamos pretendendo fazer muito mais porque se nós não fizermos eles entram dentro da nossa casa de tanto que eles correm”. Finalizou Dona Cartarina

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