Pazuello rejeita planos estaduais e diz que vacinação no Brasil será nacional

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu hoje com governadores de todo o país para fazer um balanço sobre o enfrentamento à covid-19 no Brasil e tratar sobre a compra de vacinas. Um dia depois de o governador de São Paulo, João Doria, anunciar que haverá um Plano Estadual de Imunizações, o ministro rejeitou a possibilidade e disse que a vacinação será nacional.

O general ainda afirmou que o plano pode começar no final de fevereiro, com a aplicação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. A data tem preocupado os governadores, que temem que estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que sediam o Instituto Butantan e a Fiocruz, respectivamente, iniciem a imunização antes do restante do país. O plano paulista, por exemplo, prevê o início da vacinação para 25 de janeiro.

De acordo com o Ministério da Saúde, o governo federal tem acordos com o laboratório AstraZeneca para receber 260 milhões de doses e insumos para fabricação em 2021. Seriam 100 milhões no 1º semestre e mais 160 milhões no 2º semestre. Segundo Pazuello, 15 milhões dessas doses começam a chegar em janeiro.

Além disso, haverá 42 milhões de doses de alguma vacina que virão do consórcio Covax Facility, feito mundialmente. O SUS (Sistema Único de Saúde) tem a garantia de 300 milhões de doses para 2021, segundo a pasta. Cada indivíduo precisará tomar duas doses, portanto existem vacinas garantidas para 150 milhões de pessoas.

De acordo com o colunista do UOL Jamil Chade, o governo brasileiro optou pela menor cobertura possível na aliança mundial de vacinas, a Covax. A iniciativa dava a possibilidade para que governos fizessem uma solicitação de vacinas que poderia atender de 10% a 50% da população dos países. Mas o Brasil optou por solicitar a menor taxa de cobertura permitida, de 10% dos brasileiros.

Questionado por João Doria se o governo federal vai comprar a vacina CoronaVac, Pazuello disse que todos os imunizantes aprovados serão comprados, mas acrescentou uma ressalva: “Se houver demanda“.

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